Enquanto dormia…

…  Barcelona agitava-se, com muitos catalães a madrugarem para assistirem ao regresso do ex-líder catalão, Carles Puidgemont, sete anos depois da sua fuga para o exílio na Bélgica na bagageira de um carro. Reapareceu mesmo e discursou perante centenas de pessoas: “Não sei quando nos veremos novamente. Mas quando nos voltarmos a ver poderemos gritar juntos o grito com o qual terminarei agora: ‘Viva a Catalunha livre’”. De forma para já espectacular, Puidgemont conseguiu voltar a fugir e pode ser detido a qualquer momento. A polícia catalã lançou a Operação Jaula, para o tentar apanhar — vamos acompanhar tudo no nosso liveblog.

Em Portugal, junto à barragem de Póvoa e Meadas, perto de Castelo de Vide, foi detido pela GNR um ex-militar espanhol de 74 anos, enquanto fugia a nado, com uma arma pendurada à cintura. É o principal suspeito de ter baleado e abusado de duas jovens, encontradas de mãos amarradas e nuas da cintura para baixo. É esta manhã apresentado ao Tribunal de Nisa, para decretar as medidas de coação. Pode ler aqui a história dos momentos de pânico vividos pelas duas jovens e a mensagem que alertou a GNR.

A Câmara de Lisboa foi condenada a pagar uma coima de 1.027.500 euros na sequência do chamado Russiagate, em que dados de manifestantes anti-Putin foram cedidos a Moscovo. Carlos Moedas lamentou a “pesada herança” deixada por Fernando Medina e vai avaliar se a autarquia pode recorrer da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, noticiada pelo Observador em primeira mão.

“Desfaçatez”. Foi uma expressão usada por um elemento da equipa de Luís Montenegro para qualificar o desafio de Mário Centeno, que manifestou o desejo de ser reconduzido como governador do Banco de Portugal e ao mesmo tempo não descartou uma candidatura presidencial. A entrevista do ex-ministro das Finanças ao podcast Bloco Central, do Expresso, foi vista no círculo próximo do primeiro-ministro como uma tentativa de Centeno se vitimizar por não ser reconduzido, para ganhar balanço na corrida a Belém.

Nos Jogos Olímpicos, o enviado especial do Observador, Bruno Roseiro, segue de olhos postos nas maiores esperanças portuguesas em conseguir medalhas:

• Pablo Pichardo apurou-se para a final do triplo salto logo à primeira tentativa, com a melhor marca da qualificação;
• Fernando Pimenta também passou à final vencendo a sua prova;
• e hoje as atenções concentram-se em Iúri Leitão, campeão do mundo no ciclismo de pista, que entra em ação às 16h30 e deve terminar duas horas depois.

Antes, se houver vento, realiza-se em Marselha a medal race do dinghy misto, com os velejadores Diogo Costa e Carolina João ainda com hipóteses de  lutarem por uma medalha. O Observador entrevistou entretanto José Manuel Quina, velejador que conquistou com o irmão Mário a medalha de prata nos jogos olímpicos de Roma em 1960, sem treinador, num barco chamado “O má lindo”. O feito foi noticiado em Portugal horas antes da corrida, por lapso: “Foi anunciado na imprensa em Lisboa que nós já tínhamos ganho a medalha de prata — e ainda nem tínhamos acabado a regata. Fomos para a última a regata a dizer que tínhamos de ficar em segundo porque já tinham anunciado que tínhamos ficado em segundo”. A medalha já foi oferecida a um neto.

Dois atletas portugueses podem sair de Paris sem medalhas, mas  para compensar trazem um anel de noivado. Enquanto posavam para fotos na aldeia olímpica, o lançador de peso Tsanko Arnaudov ajoelhou-se e pediu a corredora Cátia Azevedo em casamento. Antes de ela dizer que sim, ainda lhe saíram três vezes a palavra “não”, entre a surpresa e os nervos do momento, que foi filmado pelos colegas que se encontravam a assistir. Um momento de romantismo na capital do amor — mas há quem já esteja a ver mais à frente, como o Bruno Vieira Amaral, no Três Toques desta manhã, que disse que se fosse o presidente do Comité Olímpico assinava já contrato com os futuros filhos que herdarem os genes dos dois atletas.

Nas lutas pelo poder, nas decisões da justiça, nas competições do desporto e no amor, cá estaremos para continuar a acompanhar os desenvolvimentos do dia em direto no site do Observador e na Rádio Observador, aconteça o que acontecer (incluindo alguns problemas técnicos que afetaram o nosso site esta manhã e atrasaram o envio desta newsletter — estamos a tentar resolver, mas desde já pedimos desculpas). Nos intervalos, pode ir ouvindo o segundo episódio do nosso podcast plus “Um Rei na Boca do Inferno”, que também tem um bocadinho de tudo isso, pela voz da Soraia Chaves com banda sonora de Cláudia Páscoal. Até já.