A Alemanha quer o euro para controlar e disciplinar a Europa e fazer negócios, a seu belo prazer, com a China e com a Rússia, ou quer o euro para a Europa vencer o desafio da globalização, no fundo, estamos perante a germanização da Europa ou a europeização da Alemanha?
A posição alemã, no atual momento, pressionada pelos parceiros americano, russo e turco, mas, também, europeu, é um bom indicador da presente ambiguidade geopolítica, no modo como oscila entre ser um global-player reputado ou um simples european-player, de certa forma prisioneiro da construção europeia.
Não nos surpreenderia que, no quadro atual, e continuando a exercitar a prática sinuosa das cimeiras e dos diretórios intergovernamentais em que a Alemanha desempenha, claramente, um papel hegemónico, possamos voltar à política de potência e ao xadrez do equilíbrio de poderes, à semelhança de outras conjunturas históricas como a Mitteleuropa (século XIX) ou a Ostpolitik (anos 60 do século XX).
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