Os cientistas sociais que se dedicam a estudar as atitudes e comportamentos da população perante o desenvolvimento da economia sabem que os inquiridos têm tendência para prever uma situação familiar melhor para eles do que para o conjunto do país, o que na maioria dos casos tem pouca viabilidade de se verificar. Já os economistas que estudam as últimas estatísticas e fazem previsões para o futuro próximo, passam por cima das expectativas pessoais mas, em compensação, retratam com bastante fidelidade aquilo que se passou e o que se vai passar no futuro próximo.

Ora, os «links» abaixo permitem-nos perguntar onde é que o actual primeiro-ministro foi buscar a ideia de que Portugal teria crescido nos seus três anos de governação acima da média europeia e muito menos em 2019, quando Portugal será o terceiro a contar do fim em matéria de crescimento na UE.

Não é que o impacto da situação económica tenha obrigatoriamente um impacto directo e proporcional nas eleições em geral e, concretamente, nas deste ano. Positivo para o governo e para os seus aliados da «geringonça» só o será na aparência pois, comparativamente à grande maioria dos outros países da UE, Portugal cresceu menos. Pelo seu lado, o novo líder do PSD, Rui Rio, continua a fazer confusões tais quanto ao seu posicionamento no tabuleiro partidário relativamente ao PS e ao CDS, que só este último poderá tirar alguma vantagem da queda do crescimento económico abaixo de 2% pelo terceiro ano consecutivo.

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