Os resultados das eleições perspectivam uma Geringonça 2.0, ainda que com peças diferentes. Foi essa a vontade manifestada por António Costa na noite das eleições. O apoio do BE parece seguro. Nas suas declarações, no Domingo à noite, Catarina Martins ofereceu abertamente o seu apoio a um novo governo do PS. No seu discurso, mais do que as condições a impor ao novo governo, sobressaiu a disponibilidade para discutir as possíveis formas de apoio.
O BE quer assumir-se como o pivot dos pequenos partidos na nova solução governativa. Sabendo que a sua presença no Governo está à partida vedada pela sua oposição em relação à União Europeia, o BE procurará utilizar a importância do seu apoio parlamentar ao novo Governo para conseguir mais alguns pontos na sua lista de promessas.
A lista foi apresentada na noite das eleições: reposição de rendimentos e pensões, revisão das leis laborais, investimento público, com destaque para a habitação e saúde, nacionalização dos CTT e a eliminação do factor de sustentabilidade da Segurança Social. A verdade é que não se trata de uma lista muito exigente. Não aceitar o desafio do BE colocará no PS o ónus da instabilidade política que venha a surgir na próxima legislatura.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.