A minha primeira escolha desta série sazonal de livros para férias é In Pursuit of Civility: Manners and Civilisation in Early Modern England, por Keith Thomas (New Haven and London: Yale University Press, 2018). Trata-se de um tópico deliciosamente antiquado e fora-de-moda, totalmente alheio à presente atmosfera cultural — dominada pelo tribalismo, pelo relativismo e pela falta de maneiras.

Keith Thomas, um distinto historiador que é Honorary Fellow de All Souls College, Oxford, começa por reconhecer que o conceito de civilidade “foi (e ainda é) escorregadio e instável”.  Mas acrescenta que, “ainda que [a palavra civilidade] tenha sido usada numa variedade de sentidos no início da era moderna, todos eles remetiam de uma forma ou de outra para a existência de uma comunidade política bem ordenada e para as apropriadas qualidades e condutas dos seus cidadãos. […] Também assumiu a mais larga conotação de modo de vida não-bárbaro, o que acabaria por ser conhecido como ‘civilização’. […] Durante o século XVI, também  veio a ser associada aos conceitos de boas maneiras, cortesia e comportamento polido — tratar as pessoas com ‘mútua civilidade’ [common civility], era a expressão consagrada” (pp. 6-7).

Depois de ler Keith Thomas, tenciono nestas férias re-visitar um belo livro, hoje totalmente esquecido, do grande sociólogo Edward Shils: The Virtue of Civility: Selected Essays on Liberalism, Tradition and Civil Society, Edited by Steven Grosby (Indianapolis: Liberty Fund, 1997).

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