Afinal a NATO não está em ‘morte cerebral’. Celebrou na semana passado os 70 anos, felizmente em Londres, sob a inquestionável autoridade moral da Rainha. Reafirmou o seu compromisso fundador para com a defesa do Ocidente liberal e democrático. Denunciou as ameaças subversivas da Rússia e da China. E até reiterou o compromisso dos estados-membros de cumprirem o prometido contributo de 2% do PIB para a Aliança comum.

São sem dúvida excelentes notícias. Fundamentalmente, marginalizaram as tentativas de separar a Europa da América, a pretexto do inegável carácter errático do actual inquilino da Casa Branca. Mas essas tentativas não devem ser menosprezadas — pelo contrário, devem ser abertamente desafiadas e enfaticamente condenadas.

A Aliança Atlântica não se funda em acordos ou desacordos momentâneos entre os inquilinos que exercem temporariamente o poder em cada uma das democracias euro-atlânticas. Funda-se no crucial compromisso euro-atlântico para com o Ocidente. Daí decorre o crucial compromisso de enfrentar em comum qualquer ameaça a qualquer um dos estados-membros.

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