Os meus olhos foram atraídos pelo título que apareceu no feed notícias: «Pais não têm de ser informados sobre problemas de saúde sexual dos filhos menores». E o meu cérebro, em choque, imediatamente questionou: como é possível que, num país que se diz de direito, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida emita um parecer no qual afirma: «Os pais ou os representantes legais dos menores a seu cargo não têm de saber tudo sobre a saúde destes, nomeadamente no que diz respeito à educação sexual, contracepção ou em casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST)»?

Há áreas, como por exemplo a educação sexual, a contracepção ou as doenças sexualmente transmissíveis, em que não existe o direito à curiosidade por parte dos pais? Então, existe direito à curiosidade por parte de quem?

Do Estado? Das associações lgbtetc, que foram introduzidas nas escolas pelo Ministério da Educação? Do Bloco de Esquerda, que, no dia 28 de Julho de 2022, na Assembleia Municipal de Matosinhos, apresentou a Recomendação “Matosinhos livre de homofobia, transfobia e bifobia”, na qual lamentava o facto de os alunos não confessarem as suas preferências sexuais, e cito: «perante nenhum professor ou funcionário escolar»?

Sabendo que algumas DSTs, caso não sejam tratadas a tempo, podem provocar doenças ou complicações graves, como: cancro do colo do útero, do pénis ou do ânus, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, orquite (doença dos testículos), epididimite (doença do epidídimo), qual é o objectivo de esconder dos pais problemas de saúde dos seus próprios filhos, e menores de idade? Quem vai responsabilizar-se pelos tratamentos necessários? Quem vai cuidar dessas crianças? Será que o aumento de doenças sexualmente transmissíveis nos mais jovens tem alguma relação com o facto de os profissionais de saúde “protegerem” os menores dos seus pais?

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Sabendo que drogas, álcool e práticas sexuais entre jovens estão a ganhar cada vez mais perversidade – uma cultura altamente promovida pela promiscuidade que grassa pelas redes sociais e que a Netflix e a HBO potenciam em programas como Sex Education, Elite, Big Mouth e Euphoria (só para citar algumas) – como a “roleta sexual”, estão-me a dizer que os pais não têm de ser informados?

Confidencialidade médica? Com menores de idade? Vale para tudo, ou só para questões ligadas ao sexo? Eu sei que a pílula do dia seguinte já é vendida a crianças sem que os pais saibam (creio que é do conhecimento de todos), mas, e se a criança tiver um cancro e não quiser que os pais saibam, a tal confidencialidade também é exequível?

A sexualidade das crianças portuguesas é pública? É suposto que as crianças tenham vidas sexualmente activas? E, mais preocupante (se é que é possível), é suposto os pais não se aperceberem de que os seus filhos tenham uma DST? Como? Se forem medicadas, e ainda que o profissional de saúde esconda a doença dos pais, é suposto os pais nem sequer se aperceberem de que os filhos estão a fazer tratamentos médicos?

Que pais são estes? Existem? Se a resposta é sim… Pobres crianças… Será que a CPCJ se vai interessar por estes casos?!

Desde quando é que os pais «não têm que saber tudo o que diz respeito à educação sexual» dos seus filhos?

De acordo com o Artigo 7.º do regime de aplicação da educação sexual em meio escolar, é verdade que o projecto de educação sexual na turma informa no ponto 1:

O director de turma, o professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual, bem como todos os demais professores da turma envolvidos na educação sexual no âmbito da transversalidade, devem elaborar, no início do ano escolar, o projecto de educação sexual da turma.

Mas, no Artigo 11.º, sobre a participação da comunidade escolar, também informa:

1 – Os encarregados de educação, os estudantes e as respectivas estruturas representativas devem ter um papel activo na prossecução e concretização das finalidades da presente lei.

2 – Os encarregados de educação e respectivas estruturas representativas são informados de todas as actividades curriculares e não curriculares desenvolvidas no âmbito da educação sexual.

Em que ficamos? No âmbito da educação sexual, os pais/encarregados de educação têm um papel activo e são informados de todas as actividades, só de algumas, ou de nenhumas?

De nenhumas e, pior, as crianças são aconselhadas a não contar aos pais o que se passa na escola.

Mas, e isto é o mais importante, esta notícia é só mais uma das muitas encomendas que têm saído por estes dias, das quais destaco o artigo da Fernanda Câncio “Como os pais contra a educação sexual estão a perder a guerra no Tribunal Europeu” , que visa claramente influenciar a opinião pública no que ao caso da Família Mesquita Guimarães diz respeito, mas que é de uma desonestidade intelectual grotesca. A notícia, manipulada e desvirtuada pela Fernanda Câncio, data de 2013, obteve o veredicto em 2019 e o desfecho deveu-se ao facto de os pais terem decidido fazer ensino doméstico num país onde é proibido. Sim, o que levou a jurisprudência do TEDH a não ser favorável às pretensões daqueles pais foi o facto de o ensino doméstico ser proibido na Alemanha. Ora, o caso da família Mesquita Guimarães não tem nada que ver com proibir os filhos de irem à Escola, mas sim com a sua expropriação do direito e dever de educar os seus filhos e com a violação flagrante da Constituição da República Portuguesa por parte do Estado. Sobre isso, recomendo o excelente artigo “Educação, família e liberdade: o discurso do Direito”.

Voltando à notícia que deu origem a este artigo, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida também nos informa: «além da saúde sexual, são também excepções à regra os casos de comportamentos aditivos ou as intervenções psicológicas ou psiquiátricas, entre outras».

Ou seja: 1) Se o seu filho fumar, beber ou consumir drogas na escola, ou junto à escola, você não tem o direito a ser informado. 2) Se algum psicólogo/psiquiatra pró-lgbtetc decidir aconselhar os seus filhos a esconder-lhe a sua confusão sexual – nascida nas redes sociais e na escola – e a  mudar de sexo, idem aspas aspas.

Entendeu? O socialismo nacionalizou os seus filhos. Os pais são meros doadores de esperma, barrigas de aluguer e pagantes. E ai daqueles que se atrevam a ter a veleidade de pensar que têm o dever/direito de educar os seus filhos…

Quem controla a Escola governa o mundo. Quem controla a juventude é dono do futuro. Uma das ferramentas mais úteis para fazer militantes é o sistema de ensino. A filosofia da sala de aula desta geração será a filosofia de vida da próxima geração.

A sua reacção ao que está a acontecer decidirá quem vai ganhar a guerra cultural em que nos encontramos.

Desde que foi introduzida nas escolas, a educação sexual obrigatória avançou da “mera informação” (que, de facto, nunca foi), para a doutrinação político-ideológica. Os formatadores defendem que a educação sexual começa no nascimento. Sim, o Guia da OMS Padrões para Educação Sexual na Europa, págs. 53 a 63, prescreve:

Para as crianças dos 0 aos 9 anos a masturbação, o sexo livre e casual, o aborto e a homossexualidade infantil.

Para as mais crescidas, dos 12 aos 15 anos, o aborto e a prostituição.

Duvida? Faça download do documento e leia-o.

Quantos pais se preocupam em saber quem está por detrás dos manuais de “Educação Sexual” (que os pais não têm direito a conhecer)?

De há uns anos a esta parte, o sexo tem sido a matéria que mais guiões tem produzido. E desiludam-se aqueles que acham que a educação sexual na Escola tem que ver com o corpo humano, o aparelho reprodutor, ciências e biologia. Nada, nos conteúdos de educação sexual, está pensado para reduzir a gravidez nas adolescentes, mas sim para, além de confundir as crianças quanto à sua identidade sexual, vender mais métodos anti-concepcionais àquelas que ainda se identificam como heterossexuais. A indústria farmacêutica gera milhões todos os dias desta forma. É sua fiel aliada a Planned Parenthood (versão portuguesa: APF – Associação para o Planeamento Familiar).

Qual é a origem da educação sexual nas escolas?

Progenitores: Alfred Kinsey, Margareth Sanger e Alan Guttmacher.

As instituições são:

  1. Kinsey Institute, 1938 (faz investigação sobre sexualidade humana);
  2. Sex Information & Education Council of the United States [SIECUS], 1964 (com os resultados da investigação produz programas e material didático);
  3. American Society for Sex Edicators, Counsellors & Therapists [ASSECT], 1967 (funciona como uma ordem de sexólogos).

As pessoas por detrás das instituições:

  1. Kinsey Institute: Kinsey, Pomeroy, Schiller, Calderone, Ellis, Calderwood;
  2. Society for the Scientific Study of Sex [SSSS] – Fundadores: Pomeroy, Ellis;
  3. Sex Information & Education Council of the United States [SIECUS] – Fundadores: Pomeroy, Claderwood, Gagnon (presidente em 1964: Calderone);
  4. American Society for Sex Edicators, Counsellors & Therapists [ASSECT]: Ellis, Schiller
  5. Planned Parenthood: M. Sanger, M. Calderone, Alan Guttmacher;
  6. Gutmmacher Institute [Family Planning Perspectives]: Alan Guttmacher;
  7. Commission on Accreditation Sex Edication Currícula: Pomeroy, Claderwood, Calderone.

Um verdadeiro polvo.

As pessoas que produzem conhecimento e materiais, acreditam os educadores e os programas, que verificam o impacto dos materiais e promovem a educação sexual são sempre as mesmas!

E o que dizem essas pessoas?

Margaret Sanger: «A coisa mais misericordiosa que uma família faz a um dos seus filhos é matá-lo. […] Para termos mais pessoas inteligentes é necessário instaurar a esterilização compulsiva.»[1]

Alfred Kinsey: Um pervertido criminoso pedófilo que se dedicou a todo o tipo de perversão sexual, acabando por ser incapaz de sentir prazer sexual, e promoveu o abuso de crianças com idades entre os 2 meses e os 13 anos. No youtube há um vídeo onde as vítimas de Kinsey, agora adultos, falam dos seus inquéritos, filmagens e abusos, pois eram crianças quando caíram nas garras do “cientista”f.  Logo no início do vídeo, ouvimos o testemunho de uma das suas vítimas:

Alfred Kinsey tirou a minha inocência antes mesmo de eu saber que a tinha. Quando eu tinha 3 ou 4 anos, o meu avô molestou-me. Eu não percebi, ele estava zangado comigo, e disse-me para eu nunca dizer à minha mãe ou avó. Eu estava condicionada para acreditar que o que ele fazia era amoroso e carinhoso. Ele chamava-lhe “fazer amor”. Hoje, sei que é abuso sexual de menores. Eu vivia em medo permanente, porque não gostava do que me faziam.

Calderone, outro pedófilo, para quem os traumas da pedofilia são causados pelo alarido e não pelo violador, e as crianças são uma epidemia perigosa, disse:

Uma coisa é certa: em qualquer caso de contacto sexual entre uma criança e um adulto, os principais efeitos de tais incidentes são causados pelas reacções de indignação, raiva, medo e choque dos adultos que aprendem sobre isso, sejam eles pais, parentes ou polícia.[2] […] Ainda precisamos bater os nossos tambores de saúde pública para controle de natalidade da maneira como os batemos para a vacina contra a poliomielite; ainda não conseguimos colocar os bebés na classe de epidemias perigosas, mesmo que essa seja a verdade exacta.[3]

Pomeroy, mais um pedófilo pervertido, que defendia que a relação sexual entre adultos e crianças pode ser carinhosa, amorosa e uma actividade sexual responsável, e que a relação sexual com animais pode ser amorosa:«As pessoas parecem pensar que qualquer contato sexual entre crianças e adultos tem um efeito ruim sobre a criança. Eu digo que pode ser uma atividade sexual responsável, amorosa e atenciosa.[4] […] Sei que casos de meninos de fazenda tiveram um relacionamento sexual amoroso com um animal.»[5]

Calderwood: Criou um Mestrado em Sexualidade Humana (NY) do qual fazia parte: seminários ministrados por pedófilos europeus, encorajar heterossexuais a terem experiências homossexuais, a exigência de que os estudantes participassem dos desfiles lgbtetc, fotografar estudantes em situações sexualmente explícitas e… claro, manter segredo sobre tudo isso.

Guttmacher, talvez o homem que mais contribuiu para a promoção do aborto a nível mundial, e que esclareceu, neste texto publicado em 1972, que o objectivo da educação sexual na Escola é doutrinar as crianças para que sejam favoráveis ao aborto:

Haverá muitas batalhas de aborto e vamos lutar todas essas batalhas, mas a parte mais importante da luta é chegar às crianças porque, enquanto os activistas pró-vida estão lutando hoje, estaremos atrás da próxima geração e à geração depois dessa. […] Se conseguirmos vencer as próximas gerações nas escolas, não teremos que nos preocupar tanto com a batalha pelo aborto, porque venceremos eventualmente. A única avenida que a Federação Internacional Planned Parenthood e os seus aliados poderiam seguir para vencer a batalha pelo aborto sob demanda é através da educação sexual.

Estas são algumas das personagens que compilaram o material didático da Educação Sexual para a Escola: um conjunto de abortistas, pervertidos e pedófilos, que juntaram “investigação” fraudulenta com teorias de psicologia, numa estrutura mundial que controla a educação sexual em todas as vertentes do processo (desde a produção, à acreditação e avaliação e que usam a rede da International Planned Parenthood para levar a sua educação sexual na escola a todos os países, a todas as cidades, a todas as aldeias.

Sabia que há 66.000 clínicas abortistas Planned Parenthood no mundo, e apenas 33.900 McDonald’s?

Acredito que é por tudo isto que o Estado não quer que os pais saibam tudo o que diz respeito à educação sexual. O crescente abuso sexual de crianças, por adultos e por outras crianças, no contexto escolar, mostra que a hipersexualização das crianças só aumenta o risco de abuso. E a educação sexual obrigatória, patrocinada e promovida pelo Estado, além de invadir a privacidade das crianças e de não levar em conta que nem todas têm o mesmo desenvolvimento/maturidade nas mesmas idades, fere de morte o direito dos pais a educarem os seus filhos. Os pais não são donos dos filhos, mas são seus cuidadores, educadores, chamados para educar os futuros cidadãos deste país. Os pais amam, cuidam, são responsáveis e sacrificam-se pelo bem-estar dos seus filhos. Para o Estado, não passam de um determinado número de Cartão de Cidadão, um potencial eleitor a quem se vai cobrar impostos. Os pais não podem ser expropriados dos seus direitos inalienáveis. É, decididamente, a Hora dos Pais, de agirem, de lutarem pelos direitos dos seus filhos, de todas as crianças, do futuro da Humanidade.

[1] Margaret Sanger. The Woman Rebel, Volume I, Number 1. Reprinted in Woman and the New Race. New York: Brentanos Publishers, 1922.
[2] Mary S. Calderone. M.D., and Eric Johnson. The Family Book About Sexuality (New York: Harpe rand Row 1981) page 178

[3] Mary S. Calderone, M.D. Medical Director, Planned Parenthood Federation of America, and founder, Sex Education and Information Council of the United States (SIECUS). Medical Morals newsletter, February-March 1968.

[4] Wardell Pomeroy, quoted in Michael Ebert. “Pedophipila Steps Into the Daylight. “Focus on the Family Citizen, November 16, 1992, pages 6 to 8.

[5] Wardell Pomeroy, Ph. D. Boys and Sex. Delacorte Press, New York, 1981. Pages 171 and 172. This book is used in numerous public scool systems in the United States.