Depois do grupo mexicano Ángeles e do português José de Mello Saúde, a seguradora Fidelidade, detida pelos chineses da Fosun, também quer entrar na corrida pelo controlo da Espírito Santo Saúde. De acordo com a imprensa económica desta terça-feira, a seguradora prepara-se para fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) nas próximas horas e já se sabe que vai oferecer 4,72 euros por ação. Ou seja, mais 22 cêntimos em relação aos 4,50 euros pagos pelos mexicanos – cuja OPA arrancou na segunda-feira. As ações da EES foram de novo suspensas.

De acordo com o Jornal de Negócios, o anúncio preliminar foi publicado na madrugada desta terça-feira e prepara-se para ser oficializado nas próximas horas. Trata-se de uma oferta geral e voluntária, escreve o mesmo jornal, o que significa que a empresa é obrigada a adquirir as ações de quem quiser vender. Sabe-se ainda que o Finantia será o intermediário financeiro da operação.

Trata-se da terceira proposta de compra sobre o grupo Espírito Santo Saúde, liderado por Isabel Vaz, mas que ainda é controlado pela Rio Forte, uma das holdings insolventes do Grupo Espírito Santo. A oferta, escreve o Diário Económico, deverá ser oficializada nas próximas horas.

Neste momento há duas ofertas em cima da mesa para ficar com o grupo que detém os hospitais da Luz, em Lisboa, ou o Beatriz Ângelo, em Louros: a dos mexicanos da Ángeles, de 4,50 euros, e a do Grupo Mello, de 4,40 euros. No entanto, e como foi noticiado ontem, o grupo José de Mello Saúde também se prepara para rever em alta a contrapartida, depois de os mexicanos terem subido a oferta de 4,30 para 4,50 por ação. Mas o prazo apertado da oferta do grupo Ángeles (que está previsto terminar no dia 3) está a condicionar o avanço da JMS, que tem de registar a operação junto da CMVM até sexta-feira mas primeiro está dependente da autorização da Autoridade da Concorrência, que pode não chegar a tempo.

A OPA da Ángeles arrancou na segunda-feira e tem uma duração de apenas duas semanas, pelo que os dois grupos concorrentes terão de dar argumentos aos acionistas para não aceitarem a proposta dos mexicanos até lá. Ainda assim, há a possibilidade de o prazo ser prolongado, em função do aparecimento de outras ofertas concorrentes.

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