Dos quase 4,5 milhões de desempregados em Espanha, só 55,7% beneficia de subsídios do Estado, uma ajuda que tem vindo a cair e que, atualmente, é a mais baixa desde outubro de 2001.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social de Espanha indicam que o número de inscritos nos centros de emprego continuou a descer em março (menos 60 mil pessoas face a fevereiro) e os inscritos na Segurança Social continuaram a aumentar. No entanto, a proteção estatal a quem não tem emprego em Espanha também tem vindo a diminuir.

Dos 4.451.939 inscritos nos serviços estatais de emprego em março, apenas 2.372.615 receberam algum tipo de apoio social no mês anterior. Ou seja, em dois anos, a taxa de cobertura dos desempregados (percentagem de pessoas que beneficiam do subsídio) caiu de 63,25% para 55,72%.

Na fase mais aguda da crise em Espanha, a taxa de cobertura chegou a atingir os 80,88% (ou seja, quatro em cada cinco desempregados).

As prestações contributivas (desemprego de longa duração e regresso ao emprego) foram as que mais caíram: uma redução de 22,6%. Este tipo de apoio já só representa 40,8% do total, enquanto as prestações assistenciais já representam 59,2%.

Por outro lado, não só há menos beneficiários como também menos dinheiro por cada beneficiário. O apoio do Estado espanhol a cada desempregado situa-se nos 811,8 euros por mês, uma descida de 4,7% num ano e de 11,4% em dois anos.

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