Israel tomou a decisão de retirar os arcos detetores de metais que estavam instalados na entrada da mesquita Al-Aqsa, na Esplanada das Mesquitas, e substitui-los por câmaras de vigilância mais avançadas, de acordo com a agência Reuters.

Depois de vários dias de tensão às portas do complexo e da insistência do governo israelita, na passada sexta-feira, em manter os arcos de detetores de metais, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aprovou a remoção do sistema. A decisão foi tomada esta segunda-feira, numa reunião que demorou várias horas.

O diretor da mesquita, Najeh Bakirat, criticou a colocação das câmaras de vigilância e informou que, esta manhã, se dará início ao desmantelamento dos detetores de metais. O sistema de vídeo vigilância inteligente, no valor de 25 milhões de euros, vai estar concluído num prazo de seis meses. Até então, a polícia vai aumentar a presença e o controlo nas imediações da mesquita, de acordo com a televisão Al Jazeera.

A instalação dos detetores de metais acontece depois da morte de dois polícias no dia 14 de julho, que levaram depois a confrontos violentos entre israelitas e palestinianos, que levaram à morte de três israelitas e cinco palestinianos.

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É extremamente importante que uma solução para a crise atual seja encontrada até sexta-feira”, disse Nickolay Mladenov, o enviado da ONU ao Médio Oriente.

A instalação de câmaras no local é contestada pelos palestinianos que dizem que só pretende reforçar o controlo do local sagrado dos israelitas. Em forma de protesto, recusaram-se a entrar no completo, e rezaram nas ruas.

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