Quatro membros do grupo de extrema-direita britânico Ação Nacional (National Action) foram presos esta terça-feira por incitamento à violência e terrorismo — e os quatro são soldados no ativo do exército britânico.

A Ação Nacional foi o primeiro grupo de extrema-direita a ser banido no país, em dezembro de 2016, e os quatro homens foram presos sob suspeita de estarem a planear ataques terroristas, disse o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, à agência de notícias France Presse.

O grupo tinha-se mostrado solidário com o homem que matou a deputada Jo Cox, Thomas Mair, um conhecido supremacista branco. Através das redes socais, veiculavam mensagens de apoio à solução final de Hitler em matar todos os judeus e, depois do assassinato da deputada, escreveram no Twitter “morte aos traidores, liberdade para o Reino Unido”, que foi a única frase que Mair proferiu no seu julgamento.

Segundo a polícia britânica, os suspeitos têm entre 22 e 32 anos. “Podemos confirmar que um número de membros do exército britânico foram presos ao abrigo da Lei do Terrorismo por estarem associados a um grupo banido de extrema-direita”, disse uma porta-voz da polícia ao diário Guardian.

A ministra da Administração Interna, Amber Rudd, disse em dezembro, quando baniu o grupo, que a Ação Nacional “é um grupo antissemita, supremacista, homofóbico e uma organização terrorista que não tem lugar na sociedade britânica”. O grupo foi filmado a fazer a saudação nazi em várias manifestações e a prometer que, “quando o tempo certo chegar, os judeus estarão de novo dentro de câmaras de gás”.

A operação que levou à prisão destes homens foi conduzida com a ajuda do próprio exército.

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