Uma nuvem de poluição radioativa pairou sobre a Europa, em outubro. De acordo com o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear de França (IRSN), que revelou a informação, não houve qualquer consequência para a saúde dos europeus nem para o ambiente.

Não se conseguiu identificar ao certo o local onde se deu a libertação do material nuclear, mas, de acordo com uma declaração do Instituto francês, e com base nos padrões climáticos, terá sido entre a cordilheira dos Urais e o Rio Volga, que engloba as zonas da Rússia e do Cazaquistão.

À Reuters, o diretor do IRSN, Jean-Marc Peres, disse que “as autoridades russas disseram que não têm conhecimento de um acidente no seu território”, acrescentando que ainda não tinha tido qualquer contacto com as autoridades do Cazaquistão.

Peres contou que, nas últimas semanas, o IRSN e outros institutos de segurança nuclear na Europa mediram elevados níveis de ruténio 106 – algo que não pode ocorrer de forma natural no ambiente. Desta forma, e de acordo com todas estas informações, o acidente ocorreu provavelmente num local de tratamento de combustível nuclear ou num centro de medicina nuclear.

A hipótese de o acidente ter acontecido numa central nuclear está já retirada, uma vez que se tivesse ocorrido teriam sido libertadas outras substâncias. Descartou-se também a hipótese de um acidente num satélite alimentado a ruténio, uma vez que, e segundo a Agência Internacional de Energia Atómica, nenhum satélite caiu na Terra durante esse período.

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