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“Como é que nasce uma canção? Como é que produziste isto, como é que descobriste aquele som?”, conta Manuel Cabral acerca dos conteúdos da rádio que devem ser “sempre mais focados em ter acesso à cabeça dos artistas e em desbravar conhecimento sobre a música.” Este objetivo, que faz parte do código genético da Vodafone FM, surge durante a conversa com o diretor da estação a propósito da 25ª edição do Vodafone Paredes de Coura, que vai decorrer entre os dias 16 e 19 de agosto.

A Vodafone FM assegurou a cobertura do evento, pela primeira vez, em 2012 e deu um contributo fundamental para a criação da forte cumplicidade entre o festival e a marca, que passou a ser o main sponsor, logo no ano seguinte. O Vodafone Paredes de Coura é um caso sério de sucesso no que toca a relações entre marcas e eventos que se identificam entre si pela forma de estar no mercado.

Neste sentido, o diretor da Vodafone FM acrescenta que “tal como a rádio, a organização do Vodafone Paredes de Coura é conhecida por fazer apostas musicais arrojadas mais cedo, antes dos outros, e os LCD Soundsystem e os Arcade Fire são dois bons exemplos disso”. Na música portuguesa podemos também apontar os casos de You Can’t Win Charlie Brown e de Capitão Fausto. A paixão pela música e a descoberta de novos artistas e tendências, tão característicos deste festival, são também materializados diariamente na emissão da Vodafone FM.

A equipa liderada por Manuel Cabral está a preparar várias surpresas para esta edição que assinala também os primeiros cinco anos de uma relação feliz: “Temos uma ligação muito próxima com a Vodafone e, ao longo do tempo, a Vodafone FM tem vindo a definir o posicionamento musical da marca”.

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Pedro Moreira Dias e Joaquim Quadros no estúdio da Vodafone FM em Paredes de Coura

O festival em toda a parte

O estúdio montado no recinto permite levar a rádio ao público, envolvendo os ouvintes na paisagem natural da praia fluvial do Taboão, ao mesmo tempo que dá, a quem não pode ir ao festival, a possibilidade de acompanhar tudo através da emissão. São as transmissões em direto, as entrevistas, os relatos das ativações e outros conteúdos que levam o festival a toda a parte.

“Além da produção de conteúdos, acima de tudo é muito importante a questão da proximidade da Vodafone FM com o seu target”, explica Manuel Cabral, adiantando que “nos festivais da Vodafone estamos mais diretamente ligados e essa afinidade com o público-alvo da rádio permite analisar tendências, receber feedback, sendo, sobretudo, uma excelente forma de mostrar a rádio aos ouvintes”.

No sexto ano de atividade, a rádio dedicada à música nova e ao público mais jovem, foi a primeira a nascer com o naming de uma operadora de telecomunicações em Portugal. Mantém a aposta na divulgação de novos artistas e afirma-se como um dos players mais fortes do setor. Com uma das presenças mais consistentes no território nacional, conjuga a emissão online com as três frequências de que dispõe nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra.

8 fotos

Para além da importância da emissão especial realizada a partir do recinto durante os dias do evento, a rádio também beneficia de uma maior projeção por estar presente em toda a comunicação do festival. A transmissão dos concertos é um dos conteúdos mais importantes para quem ouve a rádio, assim como as entrevistas com os artistas, mas também as antecipações do cartaz e os passatempos associados.

Embora tentem agendar tudo com antecedência, as transmissões mais relevantes acabam quase sempre por ser conseguidas no terreno e no próprio dia. “Temos conseguido fazer a transmissão da maior parte dos concertos nos festivais e isso deve-se ao trabalho e dedicação da minha equipa, que é muito pequena em tamanho, mas muito grande na entrega”, salienta Manuel Cabral.

No palco com as estrelas

A emissão começa antes do arranque do palco Vodafone FM, por volta das 16:00 e depois segue até ao encerramento do palco principal. “Nós damos prioridade a tudo o que se passa no palco Vodafone, onde atuam os headliners, e no palco Vodafone FM mas, quando não conseguimos alguma autorização, emitimos outro conteúdo gravado antecipadamente com esse objetivo”, revela o diretor de estação.

Eles vão subir ao Palco Vodafone FM

Mostrar Esconder

17 de agosto
Sunflower Bean
Nothing
Timber Timbre
Ho99o9

After-Hours
Jambinai
Marvin & Guy

18 de agosto
Cave Story
Andy Shauf
Moon Duo
Octa Push

After-Hours
Roosevelt
Red Axes

19 de agosto
Toulouse
White Haus
Alex Cameron
Lightning Bolt

After-Hours
Throes + The Shine
Nuno Lopes

 

 

Normalmente, em Paredes de Coura “conseguimos ficar acima dos 95% de transmissão, sendo que muitas autorizações são obtidas no local, e algumas em cima da hora de início dos concertos” refere o responsável.

Do alinhamento deste ano, destacam-se os canadianos Timber Timbre que tocam no dia 17 de agosto, antes dos Ho99o9 (lê-se “HORROR”), o duo norte-americano que conjuga o hardcore com o hip-hop, num conceito a que ninguém fica indiferente. Manuel Cabral distingue-os pelo “futurismo do espetáculo em si, pela maneira como combinam géneros tão afastados”.

Os Cave Story, vencedores do Vodafone Band Scouting – casting de bandas novas realizado no âmbito do Vodafone Mexefest, com um júri que contou com a participação da equipa da Vodafone FM – e também o projecto White Haus, de João Vieira, são outros dois nomes para seguir com atenção no palco Vodafone FM.

Na última noite, o destaque vai para a atuação dos Lightning Bolt, a dupla formada por um baterista e um baixista, conhecidos desde 1994 pelos espetáculos de noise rock em que optavam por tocar no chão, rodeados pelo público. Depois a animação segue madrugada dentro, no After-Hours, com o ritmo dançável do projeto Throes+The Shine, que combina rock e kuduro, antes do DJ set de Nuno Lopes.

Cinco anos, três histórias marcantes

Na edição de 2015, os Tame Impala chegaram a Paredes de Coura com o álbum Currents ainda “quente”. Era o terceiro disco, acabado de sair em julho e havia “um hype inacreditável à volta da banda naquela altura”, recorda Manuel Cabral, que a poucas horas do concerto ainda não tinha conseguido autorização para o transmitir. “A banda tinha enviado o Jay Watson (músico que também integra os Pond e assina trabalhos a solo como GUM) à frente para fazer a produção. Ele disse logo que ia ser complicado porque só tinham autorizado três transmissões”, numa tournée que iria durar até ao início de 2016.

Mas a persistência acabaria por dar frutos, depois de muitas visitas ao camarim de produção. O diretor da estação “tentava promover a rádio mostrando o site da Vodafone FM, o Rewind”, ferramenta que permite aos ouvintes saber o nome da música e do artista que tocou a determinada hora, “para verem o que fazíamos e como a banda tinha sido uma grande aposta nossa desde o início”. Para complicar ainda mais a situação, a carrinha que transportava a banda desde o Porto teve um furo. Mais uma contrariedade que ameaçava atrasar o concerto e afetar o estado de espírito dos músicos.

Para a história fica a autorização para transmitir o concerto, na íntegra, e ainda os 15 minutos de entrevista com Kevin Parker, filmada em parceria com o canal 180. “É um dos trabalhos de que mais nos orgulhamos, o exemplo típico daquilo que fazemos em termos de conteúdo e um dos melhores que produzimos até hoje”.

A operação LCD Soundsystem é lembrada como uma das mais longas e duras de sempre. Em 2016 a banda estava de regresso e tinha aumentado o nível de exigência. Nesse ano foi preciso fechar totalmente o recinto durante o sound check porque a banda queria manter as surpresas até à hora do espetáculo. “Eles tinham ali uma surpresa muito bem pensada” recorda o diretor. “Já andávamos a negociar com eles, a organização foi determinante e eles autorizaram a transmissão, mas fizeram uma série de exigências, do equipamento ao engenheiro de som, tivemos que bloquear o streaming pois só podíamos transmitir em FM. Nesse dia chegámos ao recinto pelas 10 da manhã e ficámos lá 17 horas, até às três da madrugada seguinte. Foi um dos dias mais longos nestas missões dos festivais, mas valeu a pena.”

Em 2013, a carreira dos Jagwar Ma estava ainda a começar e a organização do festival decidiu apostar neles, colocando-os no palco principal. Manuel conta que as expectativas eram altas “porque tínhamos destacado a banda na Próxima Grande Cena, um programa do Joaquim Quadros onde se descobrem novos artistas. Acabámos por conseguir a autorização e fizemos a primeira transmissão em direto de um concerto de Jagwar Ma na carreira deles. Isso fica como um marco na história da Vodafone FM, para sempre”, conclui o diretor da estação.