O primeiro-ministro disse hoje que o Estado gasta mais no presente em matéria de despesa social do que em 2010, ao contrário do que “muitas vezes” se refere na “espuma do dia” sobre o papel do Estado social.

“Ao contrário do que muitas vezes permanece no fim da espuma do dia da informação que circula, e que muitas vezes aponta para quebra ou fim do Estado social, em bom rigor nós hoje, em termos públicos, despendemos mais financeiramente na área social do que o fazíamos no início da crise económica e financeira”, disse Pedro Passos Coelho.

O governante falava na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, onde esteve esta manhã, numa visita com a presença do provedor da instituição, Pedro Santana Lopes, e do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

“A despesa social do Estado é hoje maior do que era em 2010”, reforçou Passos Coelho, dizendo que há “muitas explicações” para tal, nomeadamente haver “mais pessoas idosas que se aposentaram” e “infelizmente” existirem “mais pessoas que precisam de proteção social, nomeadamente através do subsídio de desemprego”.

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Há três anos, contudo, quando Portugal pediu ajuda externa, tais funções de apoio do Estado estiveram “em perigo”, lembrou Pedro Passos Coelho.

Antes da intervenção na Santa Casa, o primeiro-ministro visitou a creche “O Principezinho”, no Príncipe Real, onde esteve com dezenas de crianças e recebeu inclusive um quadro como presente.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, disse que a instituição está pronta para as responsabilidades que os tempos atuais exigem, nomeadamente na divisão de responsabilidades para misericórdias e instituições privadas de solidariedade social, e agradeceu a visita de Passos Coelho.

“É a primeira visita oficial de trabalho de um primeiro-ministro a esta casa, tanto quanto conseguimos confirmar nos nossos arquivos”, sublinhou Santana Lopes.