O Papa Francisco afirmou este sábado em Molise, no centro de Itália, que o desemprego significa a perda da dignidade humana e pediu aos governos que desenvolvam um pacto que fomente o trabalho em tempo de crise. A ausência de emprego “implica a perda da dignidade humana. O problema de não trabalhar não é deixar de ganhar dinheiro para comer, porque podemos nos aproximar de organizações como a Cáritas, que nos dão alimentos. O problema é não poder levar o pão para casa, é perder a dignidade”, afirmou o Papa durante a sua visita a Molise.

“Tantos postos de trabalho poderiam ser recuperados através de uma estratégia concertada com as autoridades nacionais, um pacto para o trabalho que aproveitaria as oportunidades oferecidas pelos regulamentos nacionais e europeus”, disse. Francisco discursou diante de centenas de alunos e profissionais do setor da indústria, num evento na universidade de Molise, na província de Campobasso, na primeira de quatro intervenções que o Papa fará hoje durante a sua visita a esta região da Itália, numa deslocação que o levará também à província de Isernia.

O Papa defendeu a importância da formação universitária dos jovens, como preparação para responder às exigências do mercado laboral na atual situação de crise económica e insistiu no papel da família, apelando para que os casais tenham filhos mais cedo, não esquecendo de brincar e de “perder tempo” com as crianças todos os dias, além de viver o dia de domingo em família.

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