Pelo menos 24 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na sequência de uma debandada durante um concerto na capital da Guiné-Conacri, África Ocidental. A confusão instalou-se por motivos ainda desconhecidos e dezenas de pessoas acabaram por morrer espezinhadas, relatam os media internacionais.

Segundo a agência de notícias France Press, as autoridades não deram detalhes sobre os motivos que levaram à confusão durante o concerto da banda rap ‘Instinct Killers’, que tocavam numa praia na cidade norte de Ratoma, nos subúrbios de Conacri.

O Governo já decretou uma semana de luto nacional, designando o incidente como “uma tragédia” provocada por aquilo que o gabinete do Presidente descreveu como “movimentos culturais”. O concerto acontecia por motivos da celebração do feriado islâmico de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão junto da comunidade muçulmana.

Entre as 24 vítimas mortais contam-se 13 raparigas, diz a AFP. Entretanto já foi aberta uma investigação para apurar o que causou a debandada e o responsável pela organização daquele evento musical foi suspenso.

A tragédia surge numa altura em que a Guiné-Conacri, um país de 10 milhões de habitantes na África Ocidental, luta contra a epidemia do Ébola, o vírus que já matou este ano mais de 670 pessoas naquela região – entre a Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Esta não é, no entanto, a primeira vez que o caos em eventos culturais deste género acontece no país. Em 2001 pelo menos duas pessoas morreram e 25 ficaram feridas devido a uma fuga descontrolada das massas durante um concerto. Também em Marrocos, por exemplo, morreram 11 pessoas em 2009 e outras 40 ficaram feridas em condições idênticas.

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