Especialistas europeus vão estar a partir desta terça-feira em Mafra para definirem o financiamento e intervenção de restauro dos carrilhões, que constituem um dos sete monumentos mais ameaçados da Europa. A comitiva, composta por peritos da principal organização europeia do património, a Europa Nostra, e do Banco Europeu de Investimento, vão estar em Portugal até quinta-feira.

De acordo com o Palácio Nacional de Mafra, o programa prevê reuniões com entidades locais e nacionais, como o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, com técnicos da Direção Geral do Património Cultural e com outros especialistas portugueses. “O principal objetivo da visita técnica é recolher informações detalhadas que servirão de base para a preparação de um relatório técnico e financeiro que deverá ser apresentado até ao final deste ano”, adiantou a Secretaria de Estado da Cultura, em comunicado, no final da semana passada.

Desde maio que os carrilhões e sinos do Palácio Nacional de Mafra figuram entre os sete monumentos mais ameaçados da Europa, uma classificação dada pela Europa Nostra que veio alertar para a urgência das obras e mobilizar entidades públicas e privadas a nível nacional e internacional para se encontrar o financiamento necessário para uma rápida intervenção.

Além do Banco Europeu de Investimento, também o World Monuments Fund, uma organização internacional que se dedica a canalizar financiamento para monumentos em risco, pode vir a juntar-se aos financiadores.

Os dois carrilhões e 119 sinos, pesando, o maior, 12 toneladas, constituem o maior conjunto sineiro do mundo, sendo, a par dos seis órgãos históricos e da biblioteca, o património mais importante do palácio. Apesar da importância patrimonial, alguns sinos encontram-se presos por andaimes para não cair. Em 2013, o palácio somou 244 mil visitantes.

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