A Rússia, a União Europeia e a Ucrânia já assinaram um acordo sobre o fornecimento de gás russo à Ucrânia, segundo a Reuters, que cita fontes próximas das negociações. A conferência de imprensa, onde Durão Barroso comunicou o entendimento começou às 2oh45, em Lisboa, na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.

O anúncio do acordo foi feito por Durão Barroso, que adiantou que  “não podia haver melhor forma de terminar” o mandato. No sábado, 1 de novembro, o ainda presidente da Comissão Europeia será substituído por Jean-Claude Juncker na liderança da Comissão Europeia. O acordo, que é uma “solução temporária” vai permitir o fornecimento de gás para o inverno e Durão Barroso considera que “é um passo importante para a segurança energética” da Europa.

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“Não há motivo para as pessoas permanecerem frias durante este inverno”, disse, acrescentando esperando que o acordo aumente a confiança entre os dois países, atualmente em conflito.

Antes de se saber que as negociações entre os dois países tinham chegado a bom porto, as notícias apontavam para que fosse esse o caminho. Autoridades ucranianas e da União Europeia tinham dito que era “provável” que se chegasse a um acordo com Moscovo para o Inverno. Durão Barroso também já tinha afirmado que, “aparentemente” tinham chegado a um acordo.

As negociações entre os dois países foram difíceis e o consenso só chegou meses depois. A Rússia queria que a União Europeia ajudasse a financiar as dívidas da Ucrânia à Gazprom e o Governo de Kiev “ansiava” por um acordo em que pudesse mostrar aos eleitores que não estava a pagar demasiado pelos recursos russos.

A Ucrânia deve cerca de 2,5 mil milhões de euros à Rússia e vai pagar a dívida em duas prestações, uma agora e outra no final do ano. O acordo define um preço de 385 dólares (305 euros) por mil metros cúbicos durante o contrato, que vai de novembro de 2014 a março de 2015, segundo a agência Lusa. Os pagamentos vão ser feitos mensal e antecipadamente.