“Esta não é uma marcha de negros ou brancos. Esta é uma marcha para que os direitos de todos os americanos sejam protegidos”, disse o reverendo Al Sharpton, ativista dos direitos civis e estrela em ascensão na sociedade norte-americana, perante uma multidão que se manifestou na capital dos Estados Unidos contra a violência policial dirigida a afro-americanos e a impunidade das forças de segurança. As famílias de Michael Brown, jovem morto a tiro por um polícia em Ferguson, e de Eric Garner, um homem morto enquanto estava a ser detido em Nova Iorque, também marcaram presença nestes protestos.

Os autocarros vindos de vários estados do país com ativistas pelos direitos civis começaram a chegar logo pela manhã a Washington. Todos tinham o mesmo propósito: juntar-se numa marcha intitulada “Justice For All” (ou justiça para todos em português) que visa alertar par a violência policial e impunidade das forças de segurança no uso de força contra os cidadãos, especialmente contra os afro-americanos. Assim, brancos e negros norte-americanos, desfilaram durante esta tarde, lado a lado, envergando sinais com as mensagens “As vidas dos negros importam” ou “Por favor, não dispare”.

Esta foi mais uma iniciativa de várias associações de direitos civis para alertar as autoridades norte-americanas sobre a violência da polícia contra os cidadãos. Depois de um verão quente na cidade de Ferguson devido à morte do jovem Michael Brown por um agente da polícia e da recente morte de Eric Garner, pai de duas meninas, ao ser detido em Nova Iorque, os protestos chegaram assim ao coração da nação, em Washington. A marcha percorreu a avenida da Pensilvânia, entre a Casa Branca e o Capitólio e os manifestantes juntaram-se à volta deste monumento para ouvir vários discursos de ativistas e familiares de vítimas de violência policial.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR