Coreia do Norte tinha agentes infiltrados nos EUA para atacar centrais nucleares nos anos 90

A Coreia do Norte enviou forças especiais para os Estados Unidos na década de 1990 para atacar centrais nucleares e as grandes cidades em caso de um conflito entre os dois países, segundo um relatório agora desclassificado pela Defense Intelligence Agency (DIA), um organismo do Departamento da Defesa dos Estados Unidos.

O relatório desta agência, responsável por preparar as missões do Exército norte-americano fora dos EUA, tem data de 13 de setembro de 2004 e revela que foram treinadas cinco unidades de Comandos do Exército da Coreia do Norte para perpetrar ataques aos Estados Unidos já dentro do país.

Intitulado “Departamento de Reconhecimento, Coreia do Norte tinha agentes a postos para atacar centrais nucleares americanas”, o documento diz que o Ministério norte-coreano responsável pela Defesa “criou cinco escritórios de ligação no início dos anos 90, para treinar e infiltrar operacionais nos Estados Unidos para atacar centrais nucleares norte-americanas e grandes cidades, em caso de confrontos” entre os dois países.

A explicação para esta opção, segundo a Defesa norte-americana, estava na falta de progressos da Coreia do Norte no desenvolvimento do sistema de mísseis de longo alcance. Atualmente, a Coreia do Norte tem dois tipos de mísseis de longo alcance capazes de atingir os Estados Unidos, mas ainda não foram testados.

No relatório lê-se que as centrais nucleares seriam atacadas em caso de “abertura de hostilidades entre os Estados Unidos e a República Popular Democrática da Coreia”. Este Departamento de Reconhecimento da Coreia do Norte está responsável pela gestão dos 60 mil homens dos comandos para operações especiais do Exército da Coreia do Norte.