Os mais de 100 rebeldes, que entraram em confronto com as forças de segurança no noroeste do Burundi durante cinco dias, foram mortos, disse hoje à France Presse uma fonte militar, segundo a qual “o grupo foi dizimado”.

“Depois de cinco dias de operações militares ‘non stop’, o grupo armado que atacou o Burundi foi dizimado pelas forças de segurança, ( …) matámos 105 criminosos e quatro foram capturados, num total de 121 homens que entraram na província de Cibitoke (noroeste do Burundi), vindos da vizinha República Democrática do Congo”, disse um general do exército pedindo o anonimato.

A mesma fonte adiantou que as forças de segurança apreenderam um morteiro, cinco ‘rockets’, metralhadoras e mais de 100 armas.

Este oficial superior do exército do Burundi também deu conta da existência de “duas mortes” nas fileiras do exército, mas outras fontes militares falam em 12 soldados mortos nos combates.

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De acordo com um balanço anterior, divulgado na quarta-feira por uma fonte militar, dava conta de 35 mortos, dos quais 34 já entre os rebeldes e um soldado.

Oficialmente, o Governo do Burundi e o exército não divulgam qualquer informação sobre estes combates violentos que tiveram lugar no noroeste do país, dizendo apenas que “as operações militares estão em andamento”, como explicou à France Presse o porta-voz do exército, o coronel Gaspard Baratuza.

As forças de segurança do Burundi – exército e polícia apoiados por civis armados – intercetaram e combateram na terça-feira um grupo rebelde de 200 homens, a 50 quilómetros a norte da capital Bujumbura, oriundos da vizinha República Democrática do Congo.

O exército disse que os rebeldes queriam entrar na floresta Kibira, de forma a chegar mais profundamente ao centro-norte do país.

O recrudescimento da violência armada num momento em que se aproximam as eleições cruciais de junho aumenta as preocupações no Burundi.