As linhas orientadores da RTP foram divulgadas quinta-feira pelo Conselho Geral Independente (CGI), documento esse que terá de ser aprovado para a escolha do novo Conselho de Administração, conta a TSF.

Uma das principais medidas é deixar de andar a reboque dos outros. “(…) Deverá assumir-se como o operador mediático distintivo e de referência, no panorama audiovisual”, que deve “recusar a imitação e a contra-programação, diversificar a programação nos horários nobres e respeitar os respetivos horários, envolver e escutar os cidadãos, e ter em consideração os ritmos de vida dos ouvintes e telespetadores”, pode ler-se no documento. E insiste: “Um serviço público de media deve evitar colocar programas diversificadores da oferta a horas inacessíveis para a maioria das pessoas.”

Conselho Geral Independente entende também que há necessidade de arrumar a casa, pois assume que a “RTP carece de um clima interno e externo de estabilidade, de reconhecimento e de mobilização institucional, gerador das condições de concentração nas missões de serviço público que lhe são cometidas pelo Estado e pela sociedade”.

As linhas orientadoras para a nova RTP visam também garantir “a unidade e coerência do serviço público de media, preocupação principal de todos os serviços de programas em todos os horários”, assim como “garantir que todos os cidadãos acedem em boas condições às emissões dos serviços de programas de rádio e televisão, em todas as regiões do país e no estrangeiro, e fazer com que, tendencial e progressivamente, todos possam aceder livremente aos conteúdos dos diferentes serviços de programas, nomeadamente a RTP Informação e a RTP Memória”.

Antes de serem aprovadas as novas linhas orientadores e de ser apontado um Conselho de Administração (CA), o CGI já indicou que iria indigitar Gonçalo Reis para presidente da RTP e Nuno Artur Silva para vogal do CA.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR