Na terça-feira, um novo vídeo do Estado Islâmico (EI) apresentou dois reféns japoneses como as próximas vítimas dos jiadistas, caso o Japão não pague, em 72 horas, um resgate de 200 milhões de dólares (cerca de 173 milhões de euros). Os homens que apareceram vestidos com os fatos cor de laranja de prisioneiro foram identificados como sendo Haruna Yukawa e Kenji Goto, um segurança privado e um repórter de guerra.

A Reuters revelou esta quarta-feira que Kenji Goto, um experiente jornalista japonês de 47 anos, foi capturado na Síria, onde se encontrava para tentar resgatar o amigo Haruna Yukawa, feito refém pelo EI em agosto perto de Aleppo.

Segundo a agência noticiosa, Haruna Yukawa foi para a Síria numa fase crítica da sua vida: estava falido, a mulher acabara de morrer, vítima de cancro e ele tentou suicidar-se. Conheceu Kenji Goto quando este se deslocou ao país para cobrir a guerra civil e pediu-lhe que o levasse ao Iraque. Mais tarde regressou à Síria, enquanto Goto regressou ao Japão.

Quando soube do rapto do amigo, Goto decidiu voltar à Síria para tentar salvá-lo. A 25 de outubro enviou uma mensagem a amigos dizendo que tinha atravessado em segurança a fronteira da Turquia com a Síria e dirigiu-se para Raqqa, a auto-proclamada capital do Estado Islâmico. Deixou também um pequeno vídeo, onde apareceu pela última vez, antes desta terça-feira. “Aconteça o que acontecer, isto é da minha responsabilidade”, disse, olhando para a câmara.

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