O ministro da Economia, António Pires de Lima, admitiu esta quarta-feira estar “bastante” preocupado com as restrições às importações por Angola, garantindo que o Governo está a trabalhar na frente diplomática e política para limitar o impacto na balança comercial portuguesa.

“É um tema que nos preocupa bastante. Os produtos mais sensíveis a este tema das exportações são aqueles sobre os quais o Governo angolano define quotas, que em alguns casos significam uma redução de 70%”, afirmou Pires de Lima, que está a ser ouvido na comissão de Economia e Obras Públicas.

Questionado sobre os impactos da descida do preço do petróleo, o governante garantiu que está a ser feito um trabalho, na vertente diplomática e política, para “limitar o impacto” que a queda das exportações pode vir a ter para a balança comercial portuguesa e para as empresas exportadoras, nomeadamente no setor das bebidas.

O ministro da Economia lembrou que Angola pesa 6,6% na agenda exportadora portuguesa, sendo o quarto mercado em termos de exportação de bens e quinto na soma dos bens com serviços.

Por outro lado, a descida dos preços do petróleo – em cerca de 58% desde junho – pode ter “um impacto positivo na economia portuguesa”, sublinhou, explicando que “por cada dez dólares que baixa o impacto no PIB é de 0,16%”, o que permite antecipar um benefício de 3.000 milhões em 2015.

“Esta descida tem que se repercutir nos custos do combustível aos consumidores e nos custos energéticos das nossas empresas”, realçou.

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