O antigo reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, apontado como possível candidato à Presidência da República em 2016, defendeu hoje que “com políticos antigos não haverá política nova”.

“Não vale a pena dar a vida para deixar tudo na mesma, com políticos antigos não haverá política nova, ficará tudo enredado em calculismos, golpes, hesitações, sem elevação e sem futuro”, afirmou durante a sua intervenção no Congresso da Cidadania, Rutura e Utopia.

Sampaio da Nóvoa vincou, na Fundação Calouste Gulbenkian, que uma candidatura às legislativas e às presidenciais só vale a pena se representar uma mudança.

Na sua intervenção no Congresso da Cidadania, Rutura e Utopia, que hoje terminou, defendeu que nas eleições legislativas e nas presidenciais é necessário “abrir um tempo de mudança” porque “é preciso ser diferente para fazer diferente”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sampaio da Nóvoa vincou também que “são as políticas que empurram os portugueses para a emigração”.

“Esta Europa e esta União Económica e Monetária não nos servem” disse, sublinhando: “é na Europa que temos de vincar a nossa posição”.

“Se não formos nós a acabar com esta política ninguém o fará por nós”, disse o antigo reitor aos participantes, referindo que “será durante 2015 ou não será por muito tempo”.

Sampaio da Nóvoa defendeu também que os legados dos antigos Presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio são exemplos a seguir.

Reafirmou também que “a austeridade é um desastre”, defendendo que a dívida deve ser renegociada “honradamente”.

O antigo reitor defendeu ainda que a língua é “o futuro de Portugal” que o país “não tem “sabido aproveitar”, referindo a história e cultura da língua portuguesa e as relações em todos os continentes, bem como o potencial económico e a facilidade nas trocas comerciais.