Feliz, aliviada e de consciência tranquila. Era assim que Patrícia Mamona estava na zona mista, onde atletas e jornalistas se encontram no mesmo metro quadrado. A atleta do Sporting ficou em sexto lugar no triplo salto, mas conseguiu bater o recorde nacional, que já era seu. Saltou 14,65m.

“Quero dizer aos portugueses que vou continuar a trabalhar, acho que é possível [melhorar]. Agora tenho de treinar mais, para fazer melhor. Estou muito contente. É o meu melhor dia, definitivamente.”

A atleta foi então questionada se não era pouco registar aquele como o melhor dia quando terminou em sexto. “Não é uma desilusão porque dei o meu melhor. Já não podia dar mais. É pena, não deu. As outras saltaram mais.”

Foi lembrada também que a marca 14,65m daria medalha de bronze em Londres 2012, mas a atleta desvalorizou. “Não estamos em Londres, estamos no Rio. Em Tóquio espero estar ainda melhor. O triplo salto evoluiu muito. Ainda bem que faço parte deste grupo.”

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O futuro é risonho na cabeça de Patrícia Mamona. “Ainda tenho um sonho, que é fazer melhor e dar medalhas. Acreditei desde o primeiro ensaio, porque fiz o meu primeiro salto muito controlada. Acreditei até ao fim. Fiz alguns erros técnicos, mas consegui corrigir. Não deu para aquilo, deu para recorde pessoal. Sinceramente, estou super-orgulhosa.”

Patrícia Mamona admitiu ainda que teve uma conversa com um juiz, durante a prova, pois se desconcentrou quando Usein Bolt foi anunciado. “Desconcentrou-me porque normalmente, quando dão partidas, não costuma haver concursos a decorrer. Normalmente fecham as provas todas. Não me deram mais tempo, nunca foi assim…”, lamentou.

Patrícia Mamona estava animada, empolgada, satisfeita e sorridente. Desvalorizou tudo. “Agora é desfrutar. O título de campeã da Europa ninguém me tira. Esta época foi muito boa para mim.”