O primeiro-ministro manifestou hoje a sua profunda tristeza pela morte do presidente da Câmara de Matosinhos, salientando que era seu amigo desde os 18 anos e que ambos tiveram um percurso “sólido” em comum na vida política.

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, que foi também dirigente nacional do PS e da Juventude Socialista, morreu hoje, de madrugada, vítima de doença prolongada.

Falando aos jornalistas durante o segundo de seis dias da sua visita de Estado à Índia, António Costa referiu que era amigo de Guilherme Pinto desde os 18 anos.

“Tivemos um percurso de vida política e de vida em comum durante muitos anos e de forma muito sólida, com grande amizade. Por isso, é com muita tristeza que recebi a notícia da sua morte”, afirmou o líder do executivo e secretário-geral do PS.

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Perante os jornalistas, António Costa disse também que esteve recentemente com Guilherme Pinto, em casa dele, ocasião em que o autarca de Matosinhos, eleito como independente em 2013, lhe pediu para assinar a sua ficha de refiliação no PS.

“Vi a forma admirável como procurava enfrentar com humor e com galhardia uma situação que todos percebíamos que era de limite. Explicou então que ia renunciar ao mandato de presidente da Câmara de Matosinhos, salientando que Matosinhos era maior do que ele e começava a não ter forças”, contou também o primeiro-ministro.

António Costa referiu ainda que Guilherme Pinto queria lançar um conjunto de várias obras às quais não queria deixar de estar associado, “em particular uma que era a da reabilitação de um mercado onde os seus pais trabalharam e ele também trabalhou”.

“Desejava ficar associado à sua renovação, mas não sei se o conseguiu fazer. Tínhamos um jantar combinado para o próximo dia 27”, completou António Costa já visivelmente emocionado.

“Guilherme Pinto morreu em casa, junto da família e de modo tranquilo, após mais de dois anos de luta contra a doença”, refere um comunicado hoje divulgado pela Câmara de Matosinhos.

O autarca apresentou no início da semana o pedido de renúncia ao mandato, devido ao seu estado de saúde, uma decisão que produziria efeito a partir de 1 de fevereiro.