A Polícia de Chicago (EUA) foi, esta sexta-feira, acusada de violar os direitos humanos pelo de “força excessiva”, especialmente para com os afro-americanos e latinos, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça.

Os agentes da Polícia de Chicago estão a ser acusados de discriminação racial, disparar contra suspeitos em fuga que não apresentam uma ameaça imediata, disparar contra veículos sem qualquer justificação, recorrer excessivamente aos tasers, usar a força para retaliar ou punir os indivíduos e de força excessiva contra os jovens, conta a CNN. O relatório aponta ainda a falta de treino e a incapacidade de responsabilizar os agentes, por estes possíveis erros e má conduta.

Com este anúncio, estamos a lançar as bases para o difícil mas necessário trabalho de construir uma forte, segura e mais unida [cidade de] Chicago para todos aqueles que a chama de casa” disse a advogada do Departamento de Justiça dos EUA, Loretta Lynch.

A Polícia de Chicago tem estado sob escrutínio pelo seu histórico de brutalidade, sobretudo para com as minorias. O Departamento de Justiça investiga a situação desde dezembro de 2015 — analisando 170 investigações por tiroteios envolvendo agentes da polícia — após a partilha de um vídeo que mostrava a morte de um jovem negro, atingido 16 vezes a tiro por um polícia branco. Barack Obama ficou “profundamente chocado” com o incidente. Anteriormente, foi descoberto que a Polícia de Chicago interrogava e agredia (foram documentados traumatismos cranianos) suspeitos em instalações secretas na cidade, negando os direitos básicos previstos na Constituição norte-americana.

Nos Estados Unidos, já foram conduzidas cerca de 25 investigações sobre direitos humanos em vários departamentos policiais (como Cleveland, Baltimore e Seattle).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR