A tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA, esta sexta-feira, tem marcado presença na agenda da maioria dos media a nível mundial. No entanto, e de forma pouco vulgar, o jornal escocês Sunday Herald usou a secção destinada à programação televisiva para noticiar a cerimónia, dá conta o El Español. Por baixo de uma fotografia de Trump, podia ler-se o artigo, intitulado “President Trump: The Inauguration” (Presidente Trump: A Inauguração), que remetia depois para um argumento em tudo semelhante à série de terror The Twilight Zone.
O artigo foi publicado no Facebook pelo músico inglês Billy Bragg e, em menos de um dia, contou com cerca de 140 mil partilhas.
O próprio jornal Sunday Herald publicou a imagem referente ao artigo no Twitter, tendo o post sido compartilhado por mais de 5 mil usuários.
The Sunday Herald TV guide on the inauguration of @realDonaldTrump … pic.twitter.com/R5zc6cLdK4
— Sunday National (@SunScotNational) January 15, 2017
Aqui está a tradução completa da publicação:
“Depois de uma longa ausência, a ‘The Twilight Zone’ voltou com uma das suas produções mais controversas, ambiciosas e dispendiosas na história da televisão. Os criadores de ficção científica brincam muitas vezes com histórias alternativas à realidade – de entre as mais comuns, esta: O que é que teria acontecido se os nazis tivessem ganho a II Guerra Mundial? -, mas este enorme projeto alternativo de realidade virtual, que se vai desenvolver na televisão, na imprensa e no Twitter durante os próximos quatro anos, procura a construção de um presente paralelo e alternativo. A história começa começa com uma versão aterradora de 2017, em que grande parte dos eleitores dos Estados Unidos foi enganado para tornar Donald Trump presidente. Parece exagerado, e de facto é, mas conforme vai avançando, torna-se mais assustador. O capítulo de hoje centra-se numa assombrosa tomada de posse do Presidente Trump e os terríveis protestos e desespero que vão marcar presença na cerimónia, enquanto especialistas especulam sobre o que ainda está para vir. É uma peça defeituosa, mas proporciona-nos uma visão perturbadora dos horrores que nos esperam, por isso é melhor termos cuidado”.
