Procuradores estiveram na sede do gigante automóvel alemão Volkswagen, na Alemanha, a investigar se o fabricante concordou com pagamentos excessivos feitos a Bernd Osterloh, o principal representante dos trabalhadores, avançou esta quarta-feira a agência financeira Bloomberg.

“Posso confirmar que as investigações foram realizadas na terça-feira em Wolfsburg”, disse um porta-voz da Volkswagen à agência AFP, confirmando também em parte a informação divulgada na imprensa.

Bernd Osterloh tem estado no centro da polémica, sendo que os procuradores alemães estiveram na sede da Volkswagen a investigar se Osterloh, líder do comité da empresa, que tem a função de representar os trabalhadores, recebeu pagamentos excessivos por parte do fabricante automóvel.

Uma fonte próxima do processo disse à Afp que as investigações realizadas na sede da Volkswagen, na Alemanha, fazem parte da investigação judicial sobre suspeitas de fraude relacionadas com a “remuneração de (Bernd) Osterloh”.

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Os procuradores, segundo a agência Bloomberg, tinham já dito em maio que a investigação se centrava nas alegações efetuadas tanto por antigos como atuais membros do Conselho de Administração da Volkswagen que tinham aprovado uma compensação elevada e inapropriada para Bernd Osterloh.

A porta-voz da Volkswagen confirmou à Bloomberg que a investigação está relacionada com as remunerações pagas ao comité da empresa.

Disse ainda, bem como um dos porta-vozes dos trabalhadores, que Bernd Osterloh “não é pessoalmente” o alvo da investigação.

Esta investigação ocorre numa altura delicada para o líder do comité da empresa, uma vez que pode atrapalhar os planos para a sua reeleição em 2018.

O salário base de Bernd Osterloh é de cerca de 200 mil euros anuais. O valor global mais elevado que recebeu, incluindo bónus, pode atingir os 750 mil euros, disse, em maio, um representante do executivo, citado pela Bloomberg.

Em 2016, o total pago a Bernd Osterloh terá sido de cerca de 500 mil euros.