As infeções hospitalares estão a diminuir em Portugal: em cada 100 doentes internados, 7,8 contraíram uma infeção hospitalar em 2017, de acordo com os dados do relatório que será esta sexta-feira apresentado no Porto e que o Público noticia. Em 2012 a prevalência das infeções hospitalares era de 10,5%.

Ainda de acordo com o mesmo jornal, o relatório revela também que 73% dos profissionais de saúde já lavam as mãos, mais 37 pontos percentuais do que em 2009. Além disso, diminuiu a incidência de pneumonias associadas à intubação e baixou também a incidência de infeção no local cirúrgico na prótese de joelho e de anca, por exemplo.

Estas boas novas são ainda mais relevantes quando se sabe que entre 2013 e 2016 Portugal apresentou uma maior percentagem de bactérias resistentes da espécie Klebsiella pneumoniae, contrariando a situação geral na Europa em que há uma estabilização da taxa de resistência desta bactéria que é, muitas vezes, responsável pelos surtos de infeção hospitalar.

Portugal está a perder a luta contra as bactérias resistentes

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC, na sigla em inglês), e noticiados na altura pelo Observador, também houve um aumento da resistência aos carbapenemos — antibióticos usados quando todos os outros falham. Se estas bactérias se tornarem também resistentes ao antibiótico colistina (um antibiótico mais antigo, usado agora como último recurso), deixa de existir uma solução viável para o tratamento destes doentes.

Apesar das boas notícias em relação às infeções hospitalares, o Público escreve que cerca de um terço dos hospitais públicos e 85,7% dos agrupamentos de centros de saúde ainda não têm programas de apoio à prescrição de antibióticos, obrigação instituída por despacho desde 2013.

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