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Ovar. Carrinha utilizada por caciques é de associação que recebe "subsídio da câmara"

Este artigo tem mais de 5 anos

O presidente da concelhia do CDS de Ovar diz que a carrinha utilizada pelos 'caciques' do PSD para transportar militantes é de uma associação que recebe subsídios da câmara, que é social-democrata.

A carrinha utilizada é de uma associação que, segundo o líder da concelhia do CDS de Ovar, recebe subsídio da câmara
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A carrinha utilizada é de uma associação que, segundo o líder da concelhia do CDS de Ovar, recebe subsídio da câmara

A carrinha utilizada é de uma associação que, segundo o líder da concelhia do CDS de Ovar, recebe subsídio da câmara

Depois de o Observador ter publicado uma investigação que mostra como o diretor de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro — que é presidente da câmara de Ovar — e os ‘caciques’ do PSD daquele concelho usaram uma carrinha para transportar dezenas de militantes para as mesas de voto durante as diretas de sábado, o presidente da concelhia de Ovar do CDS, Fernando Camelo de Almeida, denunciou que a carrinha em questão pertence a uma associação que recebe “subsídio” da autarquia e que a mesma viatura foi usada na campanha para as autárquicas, pela candidatura social-democrata.

Vídeo. Como os caciques de Ovar angariaram votos para Rio

Numa publicação na sua página de Facebook referente à notícia do Observador, Fernando Camelo de Almeida lamenta que Ovar apareça “novamente como notícia por maus motivos” e afirma que “esta situação não diz apenas respeito à vida interna do PSD”, mas que “vai muito mais além disso”.

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“Esta carrinha pertence a uma coletividade de Esmoriz que recebe subsídio da Câmara Municipal de Ovar e já agora, é exatamente a mesma carrinha que andou decorada ao serviço do PSD nas últimas eleições autárquicas. Quem não se recorda da Renault Traffic cinzenta clara com a cara dos candidatos e colunas de som que circulava diariamente em Ovar?”, questionou Fernando Camelo de Almeida, na mensagem publicada na tarde deste domingo.

A carrinha decorada para a campanha autárquica de Salvador Malheiros, no ano passado

Para o líder centrista em Ovar — que também faz parte do Conselho Nacional do CDS –, “existe promiscuidade e isso é grave”. Fernando Camelo de Almeida escreve ainda que lhe parece “estranho que um número tão grande de pessoas a quem foi atribuída casa, repentinamente e quase em simultâneo se tenham filiado no PSD”, referindo-se à inscrição em simultâneo de largas dezenas de militantes residentes nas mesmas ruas e avenidas de Ovar. O responsável defende ainda que tudo seja “bem clarificado pelo executivo municipal”.

Este domingo, o Observador publicou uma investigação sobre como Salvador Malheiro organizou um esquema de transporte de dezenas de militantes às mesas de voto, utilizando uma carrinha pertencente a uma associação presidida por um militante do PSD. A rota passava pelas moradas onde em teoria residem os “militantes-fantasma” — o Expresso revelou este sábado que só no nº 79 da Avenida Infante D. Henrique, em Esmoriz, residem 17 militantes do PSD com as quotas em dia. Contudo, ali só residem oito pessoas e nenhuma é filiada no partido. Há ainda militantes em condições de votar que supostamente na Rua dos Pescadores, ao lado daquela avenida, mas em números de porta que não existem.

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