Pelo menos 13 civis morreram esta quinta-feira na sequência de bombardeamentos das forças governamentais sírias contra Ghouta oriental, no dia em que a chanceler alemã condenou o assassinato de civis na Síria. “Pelo menos 13 pessoas morreram em Douma [principal cidade da região de Ghouta oriental], entre as quais três crianças”, refere a organização não-governamental.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o regime de Damasco lançou no passado domingo uma série de bombardeamentos de campanha contra posições rebeldes em Ghouta, admitindo-se que está a preparar uma ofensiva terrestre. Desde o início do ataque de artilharia morreram pelo menos 320 civis nesta região.
Entretanto, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu que a Rússia e o Irão usassem toda a influência para evitar o “massacre” que o regime está a levar a cabo em Ghouta, bastião rebelde nos arredores de Damasco, e condenou os ataques.
A luta de regime que não é contra os terroristas, mas sim contra a sua própria população… A morte de crianças, a destruição de hospitais… Tudo isto é um massacre que tem de ser condenado”, afirmou a chanceler alemã numa declaração dirigida ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).
A mensagem de Merkel foi enviada antes do início da reunião informal do Conselho Europeu, que decorre neste dia em Bruxelas. Merkel pretende que a União Europeia desenvolva uma política externa comum “mais definida” e proactiva, capaz de poder desempenhar um papel mais relevante no sentido de “por fim a um massacre”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu também a suspensão imediata das hostilidades. O Conselho de Segurança da ONU vai votar esta semana, provavelmente neste dia, uma proposta de resolução para decretar uma trégua de trinta dias na Síria.
"I am deeply saddened by the terrible suffering of the civilian population in eastern Ghouta: 400,000 people who live in hell on earth."
— @antonioguterres on the situation in Syria. https://t.co/aMQXUlAQ8V pic.twitter.com/0fjHShLDkQ
— United Nations (@UN) February 21, 2018