O chefe dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Albufeira, que esta quinta-feira foi detido por suspeitas de corrupção, terá recebido, em alguns casos, cerca de 500 euros para ignorar a falta de documentos de cerca de vinte estrangeiros de nacionalidade paquistanesa, indiana, russa e brasileira, avançou o Correio da Manhã.

Joaquim Patrício é suspeito de ter recebido subornos para acelerar a emissão de títulos de autorização de residência. A Polícia Judiciária (PJ) suspeita de que o chefe da delegação de Albufeira já tinha cidadãos estrangeiros a trabalhar para si noutras zonas do país e que lhe encaminhavam “clientes”. Alguns chegaram a vir do norte do país para Albufeira, com a garantia de que iriam conseguir legalizar-se mais rápido e com menos dificuldades.

O inspetor-chefe foi surpreendido em sua casa, esta quinta-feira pelas 7h30, tendo depois ido com a PJ à delegação, o que surpreendeu os funcionários do SEF.

Chefe da delegação do SEF em Albufeira detido por corrupção passiva

Segundo o CM, a investigação começou depois de uma participação do próprio SEF, em 2017, que recebeu uma denúncia anónima e começou a desconfiar do inspetor-chefe. Durante a investigação, foi detetada a falta de alguns documentos obrigatórios em processos de autorização de residência, tendo o Ministério Público entregue a investigação à PJ.

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