José Régio, um dos mais importantes escritores portugueses do século XX, morreu há 50 anos. Para assinalar a data, o festival literário Correntes d’Escritas organizou, com a ajuda de Valter Hugo Mãe, uma mesa redonda dedicada fundador da revista presença, que contará com a participação de Isabel Cadete Novais, Lauro António, Maria Bochicchio e Ramiro Reis Pereira.

Os quatro convidados, moderados por Valter Hugo Mãe, vão conversar sobre Régio partindo do verso “Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém”. A sessão, marcada para o dia 18 de fevereiro, vai começar pelas 18h30 com a leitura do poema que deu o mote: “Cântico Negro”.

Régio nasceu a 17 de setembro de 1901 e morreu a 22 de dezembro de 1969, em Vila do Conde. Foi escritor, ensaísta, crítico literário e professor, tendo ficado conhecido por ter fundado em Coimbra, juntamente com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, a presença. Associada ao segundo movimento modernista português, a revista literária foi responsável pela divulgação dos escritores esquecidos da geração anterior, sobretudo daqueles que estavam ligados à revista Orpheu.

No que diz respeito à sua obra, que ocupa um lugar cimeiro na história da literatura portuguesa do século XX, Régio conseguiu captar “na perfeição o dramatismo da condição humana, em todas as suas idiossincrasias e contradições, entre todos os seus estados de graça e todos os seus vórtices”, refere a Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Publicou o primeiro livro, o conjunto Poemas de Deus e do Diabo, em 1925, e o último, A velha casa V — Vidas são vidas, em 1966.

A mesa redonda antecede a abertura oficial do festival literário, a 19 de fevereiro, que contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. No mesmo dia, serão anunciados os vencedores dos prémios literários Casino da Póvoa, o Correntes d’Escritas Papelaria Locus, o Conto Infantil Ilustrado e o Fundação Dr. Luís Rainha, entregues anualmente durante o evento.

O Correntes d’Escritas celebra 20 anos de existência com o maior programa da sua história. De 16 a 27 de fevereiro, vão passar pela Póvoa de Varzim mais de 140 participantes de 20 países diferentes, incluindo o Prémio Cervantes Sergio Ramírez e o Prémio Camões Germano Almeida.

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