Duas crianças, de cinco meses e três anos, foram encontradas mortas em Godella, em Valência, Espanha, na tarde desta quinta-feira. Tinham sido dadas como desaparecidas esta manhã. Segundo o El País, foi a própria mãe das crianças a indicar à Guardia Civil o local onde se encontravam os cadáveres.

O menino de três anos e meio e a bebé com apenas cinco meses de vida, irmãos, estavam a ser procurados pelas autoridades espanholas enquanto decorria o interrogatório à progenitora, María Gombau. Os agentes envolvidos nas buscas chegaram a ser 110, mas os corpos só foram descobertos depois das indicações da mãe das crianças. Após um interrogatório repleto de incoerências, a polícia espanhola levou-a ao local para identificar a zona onde estavam escondidos os corpos.

A mãe está agora detida e é a principal suspeita pelos dois crimes. O marido, de nacionalidade belga e pai das crianças, também aguarda pelos avanços da investigação numa esquadra da localidade de Montcada.

Os serviços de Segurança Social de Valência estiveram no início da semana a entrevistar o casal e decidiram abrir um processo para investigar as condições de vida das crianças que podia culminar com a retirada da custódia dos dois filhos.

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A investigação das autoridades espanholas sobre o desaparecimento das crianças começou esta manhã depois de um telefonema de um vizinho. Segundo o relato, María Gombau tinha saído de casa meio despedida e com vestígios de sangue sendo seguida pelo seu marido, também semi-nu. A Guardia Civil dirigiu-se de imediato para o local.

Quando chegou à casa da família apenas encontrou o pai das crianças, que, de acordo com o El Español, confirmou aos agentes que as crianças estavam sem vida. “Não se preocupem, estão mortas“, terá dito. Foi automaticamente detido para interrogatório.

A mãe foi descoberta pelas autoridades algumas horas depois dentro de um barril não muito longe de casa. À semelhança do marido, foi levada para as instalações da polícia para ser interrogada. A partir desse momento, as buscas centraram-se exclusivamente no paradeiro das duas crianças.

De acordo com fontes citadas pelo El País, a mãe da criança já tinha estado internada em 2017 numa clínica de saúde mental devido a lesões psíquicas causadas pelo elevado consumo de drogas. De acordo com o jornal espanhol, durante o interrogatório María Gombau deu, por várias vezes, respostas inócuas e desprovidas de lógica, tendo inclusive sugerido que os seus filhos poderiam vir a ser ressuscitados.

A investigação, apesar de ter os principais suspeitos já identificados, ainda vai no início. Além de faltar a confirmação de quem foram os autores dos crimes ficam por esclarecer detalhes sobre os contornos e os motivos da morte das duas crianças.