Carlos Tavares, que comanda os destinos do segundo maior fabricante de automóveis da Europa, pretenderá levar ainda mais longe o Grupo PSA – o qual não só salvou da falência, como colocou numa rota de crescimento, depois de ter adquirido as marcas Opel/Vauxhall, em meados de 2017, à General Motors (GM).

Os excelentes resultados obtidos sob a sua liderança terão valido ao gestor português ‘carta-branca’ para avançar com fusões ou aquisições, que permitam ao grupo expandir-se. Em declarações à publicação francesa Les Echos, Robert Peugeot – em representação da família Peugeot, que detém 12% das acções da PSA – confirmou que Tavares tem luz-verde para avançar.

Nós apoiamos o projecto da Opel desde o início”, disse, sublinhando que, apesar disso, ninguém esperava que a recuperação fosse “tão rápida”.  Daí que o grupo francês não exclua novas compras ou parcerias: “Se surgir outra oportunidade, não vamos parar. O Carlos (Tavares) sabe disso.”

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O gestor português já terá tido reuniões com conselheiros, a fim de discutir futuras colaborações ou fusões. De acordo com a Bloomberg, Tavares ainda vê a GM como uma parceira interessante, tanto mais que são públicos os seus objectivos de regressar em força ao mercado norte-americano, via Peugeot.

Por outro lado, acrescenta a agência, a Jaguar Land Rover perfila-se igualmente como uma aposta a ter em conta, sobretudo porque o facto de estar a atravessar um complicado período financeiro tenderia a deixar o grupo britânico mais aberto a negociações.

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Já a Fiat Chrysler Automobiles também franquearia as portas dos EUA aos franceses, sendo que o novo CEO do conglomerado italo-americano, Mike Manley, admitiu recentemente, por ocasião do Salão de Genebra, que qualquer acordo que fortalecesse a Fiat seria alvo de análise. Formalmente, porém, ainda não terão existido quaisquer conversas com as marcas que a PSA tem na mira.