O PSD de Oliveira do Bairro exigiu esta segunda-feira à líder do CDS, Assunção Cristas, que se pronuncie sobre o caso dos 17 autarcas do concelho bairradino acusados pelo Ministério Público de violação da lei do Orçamento.

“O PSD de Oliveira do Bairro exige reação da presidente do CDS/PP, doutora Assunção Cristas, sobre a acusação que pende sobre os seus autarcas de Oliveira do Bairro, por entender ser inadmissível o silêncio a que se remeteu quando, em momentos anteriores, por factos sem acusação do Ministério Público, exigiu a demissão de outros governantes”, referem os sociais-democratas.

Na semana passada, o PSD de Oliveira do Bairro já tinha pedido “a suspensão imediata de mandato” dos presidentes da Câmara, Duarte Novo, e da Assembleia Municipal, Oliveira Martins, que integram o grupo de 17 autarcas formalmente acusados de violação da lei do Orçamento de 2017.

A resposta dos autarcas centristas foi negativa, com Duarte Novo e Oliveira Martins a garantirem que a “responsabilidade que lhes foi confiada pelos votos dos oliveirenses será respeitada até ao fim do mandato, no estrito respeito pela lei e na defesa intransigente do interesse do município”. O PSD de Oliveira do Bairro, que denunciou o caso, volta agora à carga, pedindo esclarecimentos à líder nacional do CDS.

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“Deve esclarecer, de forma clara, se concorda com o posicionamento do seu partido em Oliveira do Bairro ou se entende se o senhor presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e o senhor presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro devem suspender o seu mandato de imediato e até ao final do processo judicial em curso”, exigem.

O PSD bairradino lembra que entre os 17 autarcas acusados encontra-se o presidente da distrital de Aveiro do CDS/PP [Jorge Pato] e o presidente da concelhia de Oliveira do Bairro do CDS/PP”, André Chambel, que é também chefe de gabinete de Duarte Novo.

Os sociais-democratas querem saber se Assunção Cristas vai pronunciar-se ou não sobre um caso que consideram ser mais grave do que outros que a líder do CDS criticou no passado.

“Se não o fizer, além das evidentes consequências políticas que os portugueses retirarão, existirá a conclusão óbvia que a incoerência, o populismo e a demagogia é, infelizmente, uma prática enraizada no CDS/PP”.