Depois de vários anos sem publicar nada de novo, Lawrence Ferlinghetti, poeta da Beat Generation e co-fundador da City Lights, a importante editora e livraria de São Francisco, decidiu pegar na caneta e escrever um novo livro. O motivo? O seu 100.º aniversário, celebrado a 24 de março deste ano.

Rapazinho (Little Boy na edição em inglês), que terá edição portuguesa pela Quetzal, é “o testemunho e o testamento literário do maior poeta” da Beat Generation, editor de autores como Allen Ginsberg (com quem fundou a City Lights), Charles Bukowsky ou Paul Bawles. Livro difícil de definir, é de um romance (Ferlinghtetti faz questão de dizê-lo) e, em parte, uma autobiografia com recordações dispersas, torrentes de linguagem e sentimentos. “Sempre com o tom mágico da escrita de Ferlinghetti”, garante a editora, que acrescenta:

“No livro, há reminiscências biográficas entrelaçadas com explosões de energia e de recordação, reflexões, reminiscências e profecias sobre o que podemos esperar da vida no futuro. É uma fonte de conhecimento literário com alusões ao mundo e à vida literária do autor, à sua geração, erros e descobertas – e um convite ao maravilhamento”.

Segundo a Quetzal — que anunciou esta terça-feira a publicação do novo livro do também pintor norte-americano durante a apresentação das novidades do grupo Bertrand, a que pertence –, Rapazinho é “um romance breve, luminoso e destinado a recordar o mundo como ele devia ser”.

A edição portuguesa de Rapazinho será publicado no final do ano, em novembro, mês em que, habitualmente, a Quetzal não costuma editar novos títulos.

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