A Fundação Right Livelihood, que atribui os chamados prémios “Nobel Alternativo”, anunciou esta quinta-feira que entregou o valor monetário do prémio atribuído, em setembro passado, a Greta Thunberg, para estabelecer uma fundação da ativista do clima.
“Estamos felizes por o prémio monetário ter permitido o estabelecimento da Fundação Greta Thunberg (…) prometemos apoiar Thunberg e a sua nova fundação de todas as formas possíveis para lutar pela sustentabilidade ecológica e social”, disse o diretor-executivo da Fundação Right Livelihood [modo de vida correto], Ole von Uexkull.
De acordo com um comunicado da Fundação Right Livelihood, o objetivo da fundação sem fins lucrativos, cujo estabelecimento a jovem ativista sueca anunciou no final de janeiro através da rede social Instagram, é promover a sustentabilidade ecológica e social, bem como a saúde mental.
No final do ano passado, Greta Thunberg apresentou a ideia à Fundação Right Livelihood, que transferiu um milhão de coroas suecas (94 mil euros) para o estabelecimento da nova fundação da ativista.
“São necessárias ações urgentes e de longo prazo para travar as alterações climáticas e criar sociedades sustentáveis em múltiplas perspetivas. As doenças mentais são um problema crescente em todo o mundo, apesar de ser muitas vezes esquecido. Estamos convencidos de que a nova fundação de Thunberg terá um grande impacto na capacitação das mudanças necessárias”, afirmou o responsável.
A Fundação Greta Thunberg vai canalizar “doações, prémios monetários e outros rendimentos para organizações solidárias de forma transparente”, estando ainda a serem definidas as futuras operações, indicou o mesmo comunicado enviado à Lusa.
Em setembro passado, a jovem ativista do clima Greta Thunberg, de 16 anos, foi escolhida por ter “inspirado e ampliado as exigências políticas para uma ação climática que reflita factos científicos”.
Thunberg foi distinguida com o “Nobel Alternativo”, tal como o líder indígena brasileiro Davi Kopenawa e a Hutukara Associação Yanomami, de conservação da floresta tropical da Amazónia, a advogada chinesa Guo Jianmei e a defensora dos direitos humanos saraui Aminatou Haidar.
Cada um dos premiados recebeu um milhão de coroas suecas (94 mil euros), destinadas a apoiar o trabalho que desenvolvem nas suas áreas e não para uso pessoal.
Criados em 1980, estes prémios “honram e apoiam homens e mulheres que oferecem respostas práticas e exemplares aos desafios mais urgentes e atuais”.