O homicida de uma portuguesa em São Tomé e Príncipe, crime ocorrido na segunda-feira, ficou esta sexta-feira em prisão preventiva, após ter sido presente ao tribunal regional de Lembá, norte da ilha são-tomense, disse à Lusa fonte judicial.
A diretora da Polícia Judiciária (PJ) disse aos jornalistas que o assassinato da cidadã luso-são-tomense, ocorrido na segunda-feira no hotel que a mulher geria, no norte de São Tomé, “está esclarecido”.
O homem tinha sido detido pela PJ na quinta-feira.
Ontem [quinta-feira], nós já tínhamos a confissão do suspeito, mas desacompanhada de outros elementos necessários às provas. Hoje fizemos as diligências para apresentá-lo ao Ministério Publico com provas suficientes”, disse a responsável da PJ, Maribel Rocha.
De acordo com a diretora da PJ, trata-se de um funcionário do hotel onde a cidadã trabalhava como gerente.
Autoridades de S. Tomé prendem suspeito de homicídio de portuguesa
O autor confesso do crime, de 38 anos de idade, natural de Angolares, sul de São Tomé, mas residente na comunidade de Ponta Figo, é acusado pela Polícia Judiciária do crime de homicídio qualificado, podendo incorrer na pena máxima de 25 anos de prisão.
O corpo da mulher chegou esta sexta-feira a Portugal, onde se realizam as cerimónias fúnebres.
Primeiro-ministro são-tomense felicita PJ pela investigação
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, felicitou também esta sexta-feira a Policia Judiciária pela “celeridade” com que desvendou o assassinato da luso-são-tomense Catarina Barros De Sousa, ocorrido na noite de segunda-feira em Lembá, norte de São Tomé.
Quero felicitar o trabalho que a PJ está a fazer relativamente ao caso que aconteceu em Lembá, com a luso-são-tomense barbaramente assassinada em São Tomé”, disse Jorge Bom Jesus, no final de uma visita às instalações da instituição.
O governante acrescentou que o governo tinha “pedido celeridade máxima à PJ” e congratulou a polícia por “chegar ao infrator em 72 horas” e, neste momento, a investigação estar “no bom caminho”.
Jorge Bom Jesus considerou este crime como “algo que não é comum em São Tomé e Príncipe, não condiz com a idiossincrasia dos são-tomenses” e com a sua “forma de ser e de estar”.
O encontro do chefe do governo com os agentes policiais surge na sequência de um caderno reivindicativo dos agentes da PJ ao Governo, que incluiu aumento salarial, promoção na carreira, enquadramento e melhoria das condições de trabalho.
“Os serviços de segurança são fundamentais e o trabalho meritório que a Polícia Judiciária vem fazendo merece toda a nossa sensibilidade, toda a nossa atenção”, defendeu Jorge Bom Jesus, prometendo resolver “num período máximo de 15 dias” algumas das reivindicações dos agentes da PJ.
O chefe do executivo garantiu que “há problemas que vão levar um bocado mais de tempo, mas mesmo os problemas salariais” estão a ser analisados, admitindo que, no caso da PJ, se poderá “resolver rapidamente”.
“São Tomé e Príncipe é um país de paz, mas mais do que isso nós queremos paz social, paz política e governativa. Essa polícia que trabalha na área da prevenção da criminalidade organizada e transfronteiriça precisa de condições para poder trabalhar”, concluiu o governante.