A taxa de desemprego na Alemanha subiu para 5,8% em abril, mais 0,9 décimas em termos homólogos, e 10,1 milhões de trabalhadores vão ficar sob o regime de jornada reduzida devido à paralisação económica, foi esta quinta-feira anunciado.

Devido à paralisação provocada pela contenção da pandemia da Covid-19, o número de desempregados na Alemanha aumentou em abril em relação a março em 373 mil pessoas e em 415 mil em relação ao mesmo mês de 2019, elevando o número total de desempregados registados para 2.644 milhões, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela agência federal de emprego alemã (BA).

Entre 26 de março e 26 de abril, 751 mil empresas solicitaram o regime de jornada reduzida para um total de 10,1 milhões de trabalhadores, segundo dados da agência. A mesma agência sublinha que os 10,1 milhões de trabalhadores podem ainda não estar todos com esta categoria, por poder haver ainda processos pendentes. Contudo, a agência aponta para um máximo histórico, já que ao longo de 2009, 3,3 milhões de trabalhadores ficaram neste regime, na altura como consequência da crise financeira global.

O regime de jornada reduzida ou “Kurzarbeit” é uma das fórmulas ativadas pelo governo da chanceler Angela Merkel para impedir que a paralisação da atividade económica resultante da pandemia gere despedimentos em massa. Essa modalidade implica que o Estado assuma temporariamente entre dois terços ou até 80% do salário do trabalhador, o que alivia a situação das empresas.

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A pandemia da Covid-19 deverá originar a mais séria recessão do período pós Segunda Guerra na Alemanha”, afirmou o responsável da BA no comunicado, adiantando que “o mercado laboral também está a ficar sob pressão”.

Paralelamente aos números do desemprego, também foram divulgados esta quinta-feira os referentes ao emprego, mas em março, que ainda refletem um aumento de 0,2% em relação ao ano anterior, subindo, assim, o número de pessoas que trabalham para 45 milhões, de acordo com dados da agência federal de estatística alemã (Destatis).

No entanto, já havia uma desaceleração em relação aos meses anteriores, quando o número de ocupação registou aumentos de 0,3% em fevereiro em relação ao ano anterior ou 0,4% em janeiro.