Em representação do setor, a APCC (Associação Portuguesa de Centros Comerciais) anunciou hoje a intenção de reabrir o comércio não alimentar e a restauração a partir de dia 18 de maio, tendo inclusive submetido à consideração do Governo e da Direção-Geral da Saúde um guia de boas práticas para a operação em Centros Comerciais.

É importante que o Governo tenha em conta que as atividades que se mantêm impedidas de funcionar, nomeadamente as atividades do sector não alimentar e restauração para consumo de refeições no interior dos Centros Comerciais […] têm um peso determinante na retoma da economia”, refere António Sampaio de Mattos, presidente da APCC no comunicado emitido esta quarta-feira.

A associação reclama assim o direito de reabrir, a partir de segunda-feira, os espaços que, por decisão do Governo, apenas podem retomar atividade se tiverem porta para a rua — lojas até 400m2 e restaurantes. Estes últimos têm podido manter o funcionamento, mesmo durante o estado de emergência, mas apenas para os serviços de entregas ao domicílio em take-away, à semelhança de supermercados, farmácias e todos os estabelecimentos comerciais e serviços considerados essenciais.

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A partir do dia 4 de maio, data da entrada em vigor da primeiro fase do desconfinamento, cabeleireiros, barbearias, salões de estéticas e livrarias puderam reabrir, mesmo dentro dos centros comerciais. As pequenas lojas genéricas reabriram apenas na rua, enquanto as que ficam dentro dos centros comerciais, independentemente da área, deverão permanecer encerradas até ao último fim de semana de maio.

Sendo estes espaços supervisionados em permanência por equipas especializadas para garantir o cumprimento das normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social, consideramos que existe fundamento para os lojistas serem autorizados a abrir também quando as mesmas atividades fora dos Centros Comerciais vão retomar o seu funcionamento, já no início da próxima semana”, adiciona António Sampaio de Mattos.

A APCC diz estarem reunidas as condições de higiene e segurança para a reabertura de todos os espaços em centros comerciais, tal como já acontecem no início do mês na Madeira. Segundo a associação, os centros comerciais portugueses são responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho e podem, por isso, ter um “contributo fundamental” para a retoma da economia.

O referido manual de boas práticas inclui regras já previstas para a reabertura de lojas de rua, como a redução da lotação a um máximo de cinco pessoas por cada 100m2. Os dois metros entre pessoas, o uso obrigatório de máscara e/ou viseira e a proibição de aglomerados acima de dez pessoas, exceto se fizerem parte da mesma família, fazem parte das normas sugeridas pela APCC para antecipar em duas semanas a reabertura prevista pelo governo para o final de maio.