Pelo menos 237 pessoas morreram e 807 mil foram obrigadas a abandonar as suas casas no Quénia devido às inundações causadas pelas fortes chuvas no último mês, anunciou esta quarta-feira o governo.

Até à data, “o número de quenianos que perderam a vida nas inundações é de 237“, afirmou o ministro da Descentralização, Eugene Wamalwa, numa conferência de imprensa em Nairobi.

Na semana passada, as autoridades quenianas tinham indicado que o número de mortos era de 194.

“Este é um número muito elevado em comparação com o número de quenianos que perderam a vida devido à Covid-19“, disse Wamalwa, observando que foram atingidas 161 mil famílias, o equivalente a cerca de 807 mil pessoas deslocadas.

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“Com as chuvas ainda a decorrer e as nossas barragens a encher, isso significa que mais [pessoas] serão afetadas. Exortamos as pessoas em zonas propensas a inundações e deslizamentos de lama a deslocarem-se para terrenos mais altos”, afirmou o ministro.

Nas últimas semanas, a polícia tem vindo a retirar à força os cidadãos em zonas em risco de alagamento.

As fortes chuvas durante a estação chuvosa, que dura de março a maio, causaram estragos em todo o país, provocando inundações e deslizamentos de terras que também destruíram campos agrícolas e mataram gado.

Uma das zonas mais afetadas é o Lago Vitória (oeste), o maior de África, cujas águas atingiram níveis que não eram vistos desde a década de 1950.

O Departamento de Meteorologia do Quénia advertiu que as chuvas vão continuar em muitas zonas do país até junho.

O país regista, até esta quarta-feira, 715 casos de infeção pela Covid-19 e 36 mortes.