É uma imagem que já não surpreende: Bolsonaro no meio da multidão, sem máscara. Mas este domingo com outros pormenores: o helicóptero que serve a presidência do Brasil deu lugar a um helicóptero da Polícia Militar e, ao invés de passear a pé pelo meio da multidão, utilizou um cavalo também da Polícia Militar do país. Já a falta da máscara não mudou: Bolsonaro continua sem a usar mesmo que esteja no meio da multidão.

Antes de pousar para estar mais próximo dos cerca de 5.000 apoiantes, segundo revela a revista Veja o presidente do Brasil terá ainda sobrevoado algum tempo a multidão, acenando e deixando os apoiantes em “delírio”. Depois foi tempo de aterrar, tirar selfies, assinar t-shirts da seleção brasileira, ver fogo de artifício ser atirado ao ar e manter a sua posição: sem máscara. O decreto do Distrito Federal determina o “uso obrigatório de máscaras como ação preventiva” contra o coronavírus, o que inclui multas de mais de 300 euros e detenção de quem não cumprir, mas Bolsonaro ignorou. Há uma imagem a manter e é a do presidente que não usa máscara.

Presidente do Brasil em banho de multidão. Sem máscara, deu abraços e pegou em crianças ao colo

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De acordo com o relato do G1 (site da Rede Globo), além de Bolsonaro, muitos dos apoiantes que compunham o a multidão também não estavam a utilizar máscara. As crianças que o presidente pegou ao colo durante o desfile também não utilizavam máscara de proteção, enquanto os manifestantes gritavam “mito” e “acabou, porra”, repetindo as palavras de Bolsonaro na quinta-feira quando ameaçou com golpe militar no Brasil. Bolsonaro disse que não podia admitir “atitudes individuais de certas pessoas” referindo-se à autorização dada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, para a realização de uma operação da Polícia Federal contra fake news, que envolveu, entre outros, o seu filho Carlos Bolsonaro.

Polícia identifica filho de Bolsonaro como líder de esquema de “fake news”