Estava em silêncio desde que, a 16 de maio, o Expresso revelou que parte da direita que não quer apoiar Marcelo nem se revê em André Ventura apostava nele para as presidenciais. Adolfo Mesquita Nunes não confirmou nem desmentiu, mas este sábado, desfaz o tabu em declarações ao mesmo jornal que lançou a notícia.

“Não é nas eleições presidenciais que se decidem modelos de sociedade, nem políticas de governo, nem boas ou más decisões executivas. Aliás, como se tem visto em Portugal, as eleições presidenciais esgotam-se nessa eleição e não produzem consequências”.

Miguel Morgado (antigo deputado do PSD) e Carlos Guimarães Pinto (antigo líder da Iniciativa Liberal) foram duas das vozes que tinham expressado publicamente o seu apoio a uma das principais caras da ala liberal do CDS. E esta semana, o Observador noticiou que no Iniciativa Liberal o nome de Adolfo Mesquita Nunes era precisamente a principal aposta do partido que já decidiu que não apoiará Marcelo.

Presidenciais: Iniciativa Liberal rejeita Marcelo e aposta em Adolfo Mesquita Nunes

Mas estas declarações não só não surtiram efeito como, apurou o Observador, aceleraram o estancar de qualquer onda de apoio que pudesse vir a surgir. Mesquita Nunes acredita ainda que estas presidenciais estão a tornar-se “um plebiscito ao estilo do atual presidente”, segundo o que diz ao Expresso, para além de que ouviu os sinais da direção do partido que recebeu a hipótese com frieza. Assim, e porque não quer concorrer “contra alguém ou para ocupar espaço contra alguém”, Mesquita Nunes pôs-se de fora. E se houver críticas a fazer ao rumo a que Francisco Rodrigues dos Santos tem levado o partido, não serão manifestadas numa candidatura presidencial, mas nos orgãos próprios do partido.

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