As vendas de carros novos caíram para valores nunca vistos, devido à pandemia, o que tem provocado grandes “tensões” nas finanças de todos os fabricantes. Mas se falta quem esteja disposto a comprar um automóvel normal, fazem fila os que desejam adquirir o carro dos seus sonhos e estão dispostos a pagar por isso.

O mais recente exemplo teve lugar entre 21 e 29 de Maio, em plena crise da Covid-19, a semana escolhida pela RM Sotheby’s para organizar o leilão Driving into Summer. Uma das estrelas do evento era um Ferrari Enzo de 2003, que a leiloeira estimava comercializar por um valor entre 2,6 e 2,9 milhões de dólares, entre 2,3 e 2,57 milhões de euros.

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O Enzo acabaria por ser licitado por 2,64 milhões de dólares, cerca de 2,34 milhões de euros, ligeiramente acima do valor mínimo. Mas, antes de mais, é necessário colocar este valor em perspectiva, pois um mítico Ferrari 288 GTO, fabricado em 1985, mudou de mãos por 2,31 milhões de dólares, cerca de 2,05 milhões de euros. Isto confere ao Enzo de 2003 o estatuto de recordista de leilões online, em que os interessados não têm sequer a possibilidade de ver ou inspeccionar os modelos que estão a adquirir.

O Enzo que estabeleceu o novo recorde foi fabricado há 17 anos. Apesar disso, o seu conta-quilómetros marca apenas 2012 km, o que nem chega para fazer a rodagem. O que significa que o seu primeiro proprietário lutou para ser um dos 400 sortudos a quem a Ferrari vendeu um destes exuberantes superdesportivos. De seguida e embora o Ferrari com o nome do fundador da marca monte um motor V12 com 6,0 litros e 660 cv, sendo capaz de atingir 350 km/h e passar pelos 100 km/h em pouco mais de 3 segundos, percorreu pouco mais de 2000 km.

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