O objetivo é incentivar o consumo natalício, por um lado, e evitar as aglomerações nas lojas, por outro. Daí que o primeiro-ministro tenha estado hoje numa cerimónia de assinatura de protocolos para alargar o período de promoções e de trocas de compras de Natal até 31 de janeiro, insistindo que é “possível” fazer compras de Natal nas lojas habituais mesmo com as regras e limitações impostas. Costa quer um “Natal” dito normal, igual ao que nos habituámos, mas compreende as dificuldades acrescidas do comércio e das empresas e anuncia novo pacote de medidas para o setor.

“O Governo tem bem consciência das dificuldades. Amanhã mesmo o Conselho de Ministros irá aprovar um conjunto de medidas, um novo conjunto de medidas, de apoio à atividade económica e em particular às micro e pequenas e médias empresas que estão a ter um esforço muito grande e a suportar um custo muito grande pelo esforço que temos de fazer para suportar a pandemia”, disse o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3.

António Costa falava no final de uma cerimónia de assinatura de acordos entre o Governo, a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) e entidades representativas do setor comercial e da distribuição para o alargamento do período de trocas de compras de Natal até 31 de janeiro e da época de promoções, tendo em vista evitar aglomerações nos estabelecimentos comerciais.

António Costa não revelou que medidas são essas mas insistiu na ideia de que o Governo quer que o Natal seja o mais normal quanto possível, mesmo e plena pandemia. Sobretudo numa altura em que a economia precisa de injeções de consumo. “Nós queremos ter Natal, e queremos ter um Natal tão parecido com o que as nossas tradições nos ensinaram a ter. Com bacalhau ou perú, com consoada, com missa de galo ou sem missa de galo, cada um escolherá. Mas faz parte das nossas tradições que o Natal seja um momento em que damos, em que fazemos compras, em que os amigos partilham. Por isso é muito importante que evitemos as aglomerações para que tudo corra bem”, disse, explicando que esta era a grande mensagem da campanha de Natal — aumentar o período de compras natalícias para evitar aglomerados.

Costa disse ainda que, “com grande probabilidade”, o PR vai decretar o estado de emergência e a Assembleia da República vai aprová-lo, o que vai fazer com que este período natalício seja vivido em plena emergência. Mas mesmo assim será possível, disse. “A prenda que todos gostaríamos de ter no Natal era uma vacina no sapatinho, mas isso não está nas nossas mãos”, disse ainda o primeiro-ministro, insistindo que é o comportamento de cada um  que controla o crescimento ou não da pandemia.

“Esta campanha permite-nos dizer: sim, é possível ir às compras em segurança, desde que as regras sejam cumpridas”, afirmou ainda, esclarecendo que este ano vai haver não só mais tempo para comprar como também para fazer as habituais trocas que acontecem neste período de maior consumo.

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