O Presidente da República fez saber, nas audiências com os partidos (e continuou esta quarta-feira), que quer um plano de desconfinamento rapidamente, mas também revelou recear que a melhoria da situação epidemiológica nos próximos dias possa colocar pressão para um alívio de medidas antes do tempo. E isto porque Marcelo Rebelo de Sousa quer a Páscoa confinada e até lá há três estados de emergência (a contar com o que começa na próxima terça-feira) em decisão e, com eles, a expectável pressão social para desconfinamentos. Rui Rio só quer que isso aconteça quando houver condições e que até possa haver um desconfinamento por regiões. De qualquer forma, diz que o planeamento do Governo para essa fase que todos esperam “já vem tarde”.

O Presidente da República já preparou o terreno para o desconfinamento, ao trocar a expressão “medidas de confinamento”, nos anteriores decreto do estado de emergência, por “medidas de restrição dos contactos” e também por dizer que os peritos não recomendam a suspensão de restrições “no imediato”, fazendo prever que já o possam fazer algures nesta fase. Mas aos partidos que recebeu esta quarta-feira, Marcelo mostrou preocupação com a pressão que uma melhoria de números possa trazer, até porque também deu a entender que quer medidas restritivas fortes durante a Páscoa.

Marcelo avisa que desconfinamento deve ser planeado “por fases”, mas diz que restrição defendida por peritos vale para o “imediato”

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