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Distribuição da vacina da AstraZeneca fora da UE proibida? "Prejudicaria a reputação da UE", diz ministro britânico

Este artigo tem mais de 3 anos

A presidente da Comissão Europeia tinha admitido bloquear exportação da vacina até a UE receber as doses que foram prometidas, Wallace critica. Britânicos em férias no estrangeiro este ano? Logo se vê

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O ministro da Defesa britânico Ben Wallace deu entrevistas à BBC e à Sky News

Ian West/PA Images via Getty Images

O ministro da Defesa britânico Ben Wallace deu entrevistas à BBC e à Sky News

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O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, reagiu este domingo à ameaça da presidente da Comissão Europeia de bloquear as exportações da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, dizendo que isso seria “contraprodutivo”.

A União Europeia sabe que o resto do mundo olha para o modo como a Comissão se comporta” e, “se os contratos e os compromissos são rompidos, seria muito prejudicial para um bloco comercial que se orgulha de [respeitar] a lei”, afirmou este domingo Ben Wallace ao canal televisivo SkyNews.

O governante britânico considerou ainda que o bloqueio “seria contraprodutivo”, destacando a natureza colaborativa da produção de vacinas, que implica vários países, explica a agência de notícias francesa AFP.

A concretização da ameaça de Ursula von der Leyen “comprometeria, não apenas as hipóteses de os seus cidadãos [europeus] terem um programa de vacinação apropriado, mas também a de muitos outros países do mundo, e prejudicaria a reputação da UE [União Europeia]”, defendeu Wallace.

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“Tentar, de qualquer forma, dividir ou erguer muros não fará nada que não prejudique os cidadãos da UE e do Reino Unido”, disse, ainda, desta vez em entrevista à BBC.

O ministro britânico respondia às declarações presidente da Comissão Europeia, que admitiu, no sábado, bloquear as exportações da vacina da AstraZeneca caso a União Europeia não recebesse primeiro as encomendas.

“Temos a opção de proibir quaisquer exportações planeadas. Esta é a mensagem que estamos a enviar à AstraZeneca: respeitem o vosso contrato com a Europa antes de começarem a entregar a outros países”, disse Ursula von der Leyen numa entrevista com o grupo de comunicação social alemão Funke.

A ex-ministra da Defesa alemã acrescentou que “todas as opções estão sobre a mesa”, num aviso claro, sublinhando que os líderes da UE iriam rever a questão da entrega na próxima semana.

Covid-19. Bruxelas ameaça bloquear exportações da vacina AstraZeneca

A Comissão Europeia anunciou na quinta-feira que iria ativar um procedimento contratual para resolver o litígio com a AstraZeneca, cujas entregas de vacinas contra a covid-19 são significativamente inferiores às inicialmente previstas. Este procedimento está previsto nos contratos de fornecimento de vacinas da União Europeia (UE).

Cada parte tem a oportunidade de enviar uma carta à outra parte, convidando-a a participar num processo de resolução de litígios que terá lugar 20 dias mais tarde entre os dirigentes executivos da Comissão Europeia e a empresa.

A AstraZeneca deverá entregar 70 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19 no segundo trimestre, muito menos do que os 180 milhões prometidos no contrato assinado com a União Europeia.

No primeiro trimestre, espera-se que a UE tenha recebido um total de cerca de 30 milhões de doses da AstraZeneca.

União Europeia pagou adiantado e ficou mal servida. O problema com a entrega das vacinas e os contratos assinados

O mecanismo de proibição da exportação de vacinas é primeiro decidido pelo Estado-membro onde a vacina é produzida e depois a Comissão dá a sua luz verde. O mecanismo só foi utilizado uma vez, tendo a Itália bloqueado a exportação de 250.000 doses de vacina AstraZeneca para a Austrália, citando uma “escassez persistente” e “atrasos nas entregas”.

Contudo, nem todos os Estados membros da UE são favoráveis a uma proibição de exportação, com países como a Holanda e a Bélgica – onde grande parte da vacina da AstraZeneca é produzida – a apelar à prudência.

Ministro desaconselha britânicos a marcarem já viagens para fora

Não é garantido que, por motivos de controlo da pandemia, a proibição a viagens internacionais não seja estendida no Reino Unido — o que teria um impacto económico significativo no turismo interno britânico mas também nos destinos que recebem todos os anos os britânicos nas suas férias de verão, como é o caso de Portugal e em específico a região do Algarve.

Quem o diz é o ministro da Defesa Ben Wallace, que em entrevista à estação Sky News não descartou que no Reino Unido a proibição de viagens internacionais — de e para o Reino Unido — seja estendida. A estação escreve aliás que “as férias de verão estão em risco” e cita declarações do ministro da Defesa, que apontou: “Não podemos colocar em risco os ganhos da nossa campanha de vacinação”.

Não podemos ser cegos e surdos ao que se está a passar fora do Reino Unido. Se decidíssemos ser descuidados e importar novas variantes que nos colocassem em risco, o que diriam as pessoas sobre isso?”, apontou Ben Wallace.

No Reino Unido, a campanha de vacinação está muito mais adiantada do que nos países da União Europeia. Alguns dos dados mais recentes das autoridades de saúde, divulgados no final da última semana, apontavam para que metade dos adultos — com 18 ano ou mais — já tivessem recebido pelo menos uma dose de vacinas contra a Covid-19.

A 12 de abril, uma equipa de trabalho irá atualizar o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sobre as possibilidades de se retomarem os voos internacionais de e para o Reino Unido. Mas por agora, escreve a Sky, “parece provável que as férias de verão no estrangeiro sejam canceladas este ano“.

Já numa entrevista paralela à BBC, o governante manteve o tom de prudência. “Ainda não marquei as minhas férias, vou esperar para ver qual será a resposta dessas equipas de trabalho criadas. Acho que seria prematuro fazer isso [agender férias no estrangeiro] e seria potencialmente arriscado”, referiu.

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O ministro da Defesa britânico desdobrou-se em entrevistas

Ian West/PA Images via Getty Images

Quando questionado sobre a possibilidade da proibição de viagens internacionais ser prolongada, Ben Wallace respondeu que não ia “admitir nada nem excluir nada” por ora mas quis deixar claro: “Não vamos fazer nada que ponha em risco este esforço nacional para controlar a pandemia. Vamos levar isto passo a passo”.

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